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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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77% das pessoas evitam sair à noite em Porto Alegre por violência

Pesquisa do Instituto Cidade Segura mostra também que 82,5% dos porto-alegrenses consideram a capital uma cidade bastante violenta

Por Paula Sperb
Atualizado em 7 fev 2018, 13h51 - Publicado em 2 fev 2018, 09h46

Deixar de sair à rua, não carregar objetos de valor, ter bens furtados e até ameaça de morte. Essa é a realidade da falta de segurança que afeta vida dos moradores de Porto Alegre segundo uma pesquisa lançada na última quinta-feira, na capital gaúcha.

A 1ª Pesquisa de Vitimização de Porto Alegre foi desenvolvida pelo Instituto Cidade Segura e realizada pelo Instituto de Opinião Pública (IPO) com o apoio do Ugeirm (Sindicato dos Agentes da Polícia Civil) e pelos Sindicatos dos Policiais Federais e dos Policiais Rodoviários Federais do Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados entre 17 e 28 de outubro de 2017 com mil entrevistas (veja a pesquisa completa).

“Sem pesquisas de vitimização, os governos brasileiros e as próprias polícias estruturam seus diagnósticos a partir dos registros efetuados pelas vítimas, especialmente a partir dos Boletins de Ocorrência (B.O.s). O problema, como se perceberá claramente neste trabalho, é que a maioria das vítimas não registra ocorrência. O fenômeno, conhecido como dark rate (cifra obscura), dá conta da subnotificação criminal. Em outras palavras, há uma impressionante quantidade de ocorrências criminais que não chegam ao conhecimento do Poder Público e que só podem ser estimadas por pesquisas de vitimização, explica Marcos Rolim, doutor em sociologia e especialista em segurança pública, à frente do Cidade Segura.

Os dados mostram que 77% dos moradores da capital gaúcha não saem à noite por medo de serem vítimas de crimes e que 82,5% dos porto-alegrenses consideram a capital uma cidade bastante violenta. Do total dos entrevistados, 35% já tiveram algum objeto furtado. Mas situações ainda mais violentas como ameaças de morte e um familiar assassinado também apareceram nos dados revelados pela pesquisa.

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“Todo estudo, análise e pesquisa feita sobre Segurança Pública é muito bem vindo pois nos auxilia a corrigir e aperfeiçoar as políticas de enfrentamento a violência e a criminalidade. Cada vez mais é necessária a compreensão de que a participação da sociedade civil e a integração nas ações que envolvem as áreas de inteligência e tecnologia aumentarão as nossas possibilidades de sucesso”, disse em nota a VEJA o secretário estadual de Segurança, Cezar Schirmer, sobre a pesquisa.

Os números mostram que 14,3% dos residentes maiores de 16 anos em Porto Alegre já foram ameaçados de morte ao longo de suas vidas. Nos últimos 12 meses, 6,5% dos residentes maiores de dezesseis anos foram vítimas desse delito, o que significa, aproximadamente, 77 mil pessoas. Quanto a esses casos, 65% das vítimas não registraram ocorrência. Entre as vítimas que registraram ocorrência, se observou que as mulheres são o dobro. As vítimas, entretanto, são, predominantemente, do sexo masculino e jovens.

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De acordo com a pesquisa, 23,4% dos residentes maiores de 16 anos já tiveram, ao longo de suas vidas, a experiência de um familiar assassinado, o que significa, aproximadamente, 279 mil pessoas.

O cenário de violência faz com 33,9% sofram de ansiedade por conta da insegurança, 33,2% sentem pânico ao imagina rum familiar como vítima, 23% têm dificuldade de dormir preocupados com familiares ou segurança pessoal e 7% têm pesadelo com cenas de violência.

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