Pazuello complica Bolsonaro ainda mais
Quanto mais o presidente se debate tentando escapar da rede, mais se enreda.
Bolsonaro mandou e Pazuello obedeceu: o general entrou em campo para matar no peito e livrar o presidente da acusação de prevaricação feita pelos senadores.
Pazuello disse que determinou ao então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco, que apurasse se havia alguma irregularidade. Franco apurou, nada encontrou, e todos deram o assunto por encerrado. Beleza.
Quem são essas pessoas? Como vivem? O que comem?
Ninguém achou que seria boa ideia conversar com o denunciante. E ninguém apresentou nenhum documento que comprove a história. Não há um ofício, um memorando, um email, um zap.
Mentirosos compulsivos contando uma história inverossímil, sem provas, com cinco dias de atraso e esperando que o distinto público acredite em sua palavra.
Bolsonaro tinha a obrigação de comunicar à Polícia Federal ou ao Ministério Público: se comunicou a Pazuello, considerado suspeito pelo denunciante, continua culpado de prevaricação, mas passa a ser suspeito e obstrução de justiça e eventual cúmplice.
Já Pazuello acaba de confessar que também cometeu crime de prevaricação, e se torna suspeito de falsidade ideológica e obstrução de justiça. E continua suspeito de participação no esquema.
E Franco, corroborando a conversa fiada de Pazuello, também comete prevaricação, e vira suspeito de falsidade ideológica e obstrução e justiça. E continua suspeito de estar no esquema.
Quanto mais se debatem tentando escapar da rede, mais se enredam.
Quem são essas pessoas?