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Os pecados, e o futuro, do Facebook

As revelações da ex-chefe da área de combate à desinformação da empresa deixam Mark Zuckerberg em uma posição indefensável

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 out 2021, 16h29 - Publicado em 6 out 2021, 18h54

Qualquer pessoa bem informada sabe perfeitamente que:

1. Posts falsos, agressivos e geradores de ódio criam mais engajamento e são mais compartilhados nas redes sociais do que posts legítimos, razoáveis e ponderados (este é um fenômeno natural).

2. Os algoritmos das redes sociais dão maior destaque aos posts que criam mais engajamento e compartilhamento.

3. A conjunção dos dois itens acima cria um círculo vicioso que leva à viralização do que há de mais tóxico e perigoso nas redes.

4. Pessoas e empresas mal intencionadas se aproveitam das características acima para influenciar, com propósitos ilegítimos, os usuários.

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5. Alguns dos efeitos resultantes são ódio político; manipulação de eleições; crescimento de movimentos fascistas; violência contra minorias; escravização e tráfico de seres humanos; ansiedade, depressão, anorexia, bulimia e tendências suicidas em adolescentes.

    (Quem ainda não sabe isso, precisa ler, com urgência, o livro “Os Engenheiros do Caos”, de Giovanni Da Empoli.)

    O que não se sabia é o quanto, em que nível de detalhe, o Facebook compreende o problema e o que ele faz para impedir que a rede seja usada para propósitos tóxicos e/ou criminosos.

    O que Frances Haugen, ex-chefe da área de combate à desinformação da empresa, com base em milhares de documentos, revelou foi que o Facebook compreende rigorosamente tudo a respeito e sabe perfeitamente o que poderia ter sido feito para reduzir a toxicidade da rede.

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    E, em virtualmente 100% dos casos, preferiu não fazer absolutamente nada. (Há um bom resumo nos seis episódios de “The Facebook Files” do podcast do Wall Street Journal (https://www.wsj.com/podcasts/the-journal).

    E Mark Zuckerberg, deliberadamente, mentiu aos acionistas, à SEC (a comissão de valores mobiliários americana), à imprensa, ao público e ao Congresso. (O paralelo que tem sido feito é com a indústria de tabaco, que ocultou a informação de que o cigarro provoca câncer.)

    É virtualmente impossível que o Congresso não intervenha pesadamente na empresa. Ainda não se sabe como, mas já se sabe que não será agradável para Mark Zuckerberg.

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