Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Continua após publicidade

O Rio de Janeiro é um angu de caroço

Enrolados na Justiça estão o governador, o vice, o presidente da ALERJ e a família Bolsonaro

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 nov 2020, 19h56 - Publicado em 30 set 2020, 12h10

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, alvo de uma investigação na Justiça e de um processo de impeachment, está afastado.

O vice, governador em exercício Claudio Castro, está sendo investigado no mesmo processo de Witzel, e também em um inquérito de desvio de recursos públicos assistenciais. Foi delatado como tendo recebido propina por pelo menos um empresário. Não há muita gente na ALERJ que acredite em seu futuro.

O seguinte na linha de sucessão é o presidente da Assembleia, André Ceciliano, investigado no inquérito de Witzel, no das rachadinhas e por um esquema de corrupção envolvendo cidades do interior do estado.

Na hipótese, não improvável, de Castro e Ceciliano serem afastados, quem assume o governo é o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Claudio de Mello Tavares. Nesse caso, se e quando forem afastados definitivamente, Tavares deverá convocar eleições.

Continua após a publicidade

Enquanto o afastamento dos antecessores for temporário, entretanto, Tavares ocuparia o posto em caráter precário, sem convocar eleições. Em tese, essa situação poderia se arrastar indefinidamente. A situação no Rio é tão anômala que, fosse o presidente da República qualquer outra pessoa, uma intervenção federal estaria na ordem do dia.

Ocorre que o presidente é Jair Bolsonaro, cujo filho Flavio está sendo investigado pelo esquema das rachadinhas, inquérito em que está também o ex-assessor e velho amigo do presidente, Fabricio Queiroz, responsável por depósitos na conta da primeira dama que ninguém consegue explicar. E, não custa ressaltar, Flavio tem transações em dinheiro vivo com dois filhos do pai, duas ex-mulheres do pai, assessores do pai e o próprio pai.

Outro filho, Carlos, também está sendo investigado por desvio de dinheiro público, e, junto com ele, estão a segunda mulher do pai e sua família.

Continua após a publicidade

Como nada no Rio é complicado a ponto de não poder ficar mais complicado, a denúncia contra Flavio e Queiroz, feita esta semana, vazou para a imprensa, e o Procurador-Geral do Estado a suspendeu. O novo PGE, aliás, será nomeado em novembro, assunto que, pelos motivos acima, interessa sumamente ao presidente da República.

Com tudo isso, uma eventual tentativa de intervenção no Rio causaria um furdunço literalmente federal.

Não está fácil adivinhar para onde vai o Rio.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.