É muita cara de pau
Arthur Lira e Rodrigo Pacheco não querem contar como o governo compra votos no Congresso
O orçamento secreto, por meio do qual o governo compra votos no Congresso, é, evidentemente, imoral, aético, ilegal, inconstitucional e, possivelmente, criminoso.
A ministra Rosa Weber mandou suspender a execução e revelar quem mandou pagar quanto a quem e para quê.
Os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, dizem que, veja bem, sabe como é, infelizmente não vai ser possível identificar e divulgar esses dados. É que a lei não previa esse nível de transparência.
Querem fazer crer que o relator, que pagou, pagou sem saber quanto era, quem pediu, para onde foi a título de quê. Como isso é impossível, ele deve ter esquecido, coitado.
A resposta de Lira e Pacheco não é apenas o cúmulo da desfaçatez: ela pode ser interpretada como crime de descumprimento de ordem judicial.