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Cloroquina: siga o dinheiro

O caminho que a CPI está tomando é o mesmo que o Washington Post usou para derrubar Nixon

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 jun 2021, 16h01 - Publicado em 10 jun 2021, 15h51

“Sigam o dinheiro”, teria aconselhado Mark Felt a Bob Woodward e Carl Bernstein.

Os repórteres do Washington Post seguiram o conselho do então vice-presidente do FBI, a quem chamavam “Garganta Profunda”, e deslindaram o escândalo que ficou conhecido como Watergate. Ao fim e ao cabo, provocaram a queda do presidente Richard Nixon.

O conselho de Felt traz uma verdade profunda: quando algo é muito esquisito, não faz sentido, não dá pra explicar, quase sempre tem alguém ganhando dinheiro sujo.

A “política de saúde” do governo Bolsonaro — e, em particular, a obsessão pela cloroquina — é coisa muito esquisita, não faz sentido, não dá pra explicar, de modo que a CPI da Covid aceitou a dica de Garganta Profunda e começou a seguir o dinheiro.

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De acordo com o jornal O Globo, a CPI descobriu que Bolsonaro pediu ajuda do premier da Índia para a liberar a exportação de cloroquina, e citou nominalmente dois laboratórios brasileiros interessad­os no insumo. Mais esquisito do que a fé na cloroquina, só mesmo o presidente ter interesse pessoal em ajudar empresas privadas específicas — e a CPI já começou a convocar os presidentes das empresas para depor.

Em outra frente, a CPI quebrou o sigilo de empresas de publicidade contratadas pelo governo Bolsonaro.

O Brasil é um país com estradas bem mais acidentadas do que as dos EUA, mas o rumo que a CPI decidiu tomar leva ao mesmo destino que o caminho que Woodward e Bernstein trilharam.

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