Mandetta reverteu a demissão de Wanderson de Oliveira e alertou que Wanderson, João Gabbardo (secretário-executivo da pasta) e ele mesmo sairão juntos.
Gabbardo confirmou que não aceita ser ministro, e ainda deu a entender que permanecer como ministro equivaleria a jogar sua carreira no lixo.
Ficou difícil para Bolsonaro. Se o presidente o demitir, perde junto o número 2 e o número 3 do ministério. E, provavelmente, toda a equipe do ministério.
Nem mesmo Bolsonaro deve ser suficientemente louco para perder, de só uma vez, no ápice da pandemia, todo o comando do ministério da Saúde. E, mesmo que o seja, é improvável que os militares à sua volta o permitam.
Sem falar que, nessas condições, tornou-se quase impossível encontrar alguém respeitável que aceite substituir Mandetta.
Bolsonaro é imprevisível, mas talvez o presidente tenha que engolir Mandetta por mais algumas semanas, afinal.