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Vale a pena ler de novo o que saiu nas páginas de VEJA em quase cinco décadas de história
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Em 2014, Trump não sabia quem era Dilma nem Lula

Em duas entrevistas a VEJA, bilionário falou do sonho de chegar à presidência, da admiração pelas brasileiras e de seu cabelo

Por Daniel Jelin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 21h36 - Publicado em 12 out 2016, 09h00
VEJA de 7 de abril de 2004
VEJA de 7 de abril de 2004

Em 2004, recém-consagrado como estrela de TV, com o programa O Aprendiz, Donald Trump recebia a reportagem de VEJA na Flórida para falar das razões de seu sucesso. Em entrevista publicada na edição de 7 de abril daquele ano, o bilionário acalentava o sonho de disputar a Casa Branca (“Pode ter certeza de que, nas minhas mãos, a relação dos Estados Unidos com o mundo seria muito melhor do que a que temos agora”), explicava sua aversão a apertos de mão (“uma convenção social absurda, que nos torna suscetíveis a pegar germes”), afastava o rumor de que havia colocado Botox (“A prova são esses pés-de-galinha”), defendia seu topete improvável (“Pode não ser o máximo, mas funciona”), elogiava as brasileiras (“Vocês, brasileiros, têm as garotas mais deslumbrantes do planeta”) e ensinava o que fazer com rivais:

“Se você leva uma rasteira, ou mesmo que só fareje essa intenção, é preciso revidar com toda a força e por todos os meios. Se possível, destruir seu adversário. Como já dizia a Bíblia, é olho por olho, dente por dente. Sempre acreditei nisso. Certa vez, fiz esse comentário durante um encontro com um grupo de padres e um deles me repreendeu, disse que esse não era o comportamento de uma pessoa de bem. Minha resposta foi que ele até poderia ir para o céu, mas nunca ficaria rico.”

VEJA de 19 de fevereiro de 2014
VEJA de 19 de fevereiro de 2014

Dez anos depois, em Nova York, Trump voltava a receber reportagem de VEJA para uma entrevista publicada nas páginas amarelas de 19 de fevereiro de 2014. Continuava alimentando especulações de que disputaria a corrida pela Casa Branca, embora ninguém imaginasse que chegaria de fato a conquistar a indicação republicana. Continuava achando as brasileiras “deslumbrantes”. Continuava defendendo seu penteado, valendo-se do truque que usaria ao longo da corrida eleitoral ao negar o uso de peruca (“Quer tocar?”).

Trump dizia-se então decidido a investir no Brasil e acreditava ter muito a ensinar: “Acho que posso ensinar alguma coisa a essa gente”. Apesar da disposição, Trump não parecia conhecer muito do país e sua “gente”, ignorando tanto a então presidente Dilma Rousseff como seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

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O senhor já esteve com Dilma Rousseff? Não. Quem é ele?

É a presidente da República. E de Lula, o senhor já ouviu falar? Também não.

Trata-se do ex-presidente, o mesmo sobre quem o presidente americano Barack Obama declarou: “Ele é o cara”. Obama diz isso para todo mundo.[…]

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Quais são os prazeres da vida de celebridade? Gosto da sensação de descer do elevador do prédio onde trabalho, botar o pé na Quinta Avenida e sentir aquela energia boa da multidão enlouquecida, gritando: “Trump! Trump! Você está demitido!”. Esse é o bordão do meu programa, O Aprendiz. Poderia haver resposta melhor para quem achava que eu seria um fiasco no showbiz? Ninguém esperava que eu fosse estourar. As pessoas me diziam: “Esquece, você não tem jeito para a TV”. Aí fui para o topo da audiência e calei a boca de todo mundo. Ser celebridade é bom umas 70% das vezes: traz popularidade, dinheiro e poder. Mas também prezo a privacidade de vez em quando.

O poder atrai as mulheres? Todas as mulheres dão em cima de mim no show. Elas querem vencer o jogo.

Como dono do concurso Miss Universo, o senhor também provoca alvoroço entre as concorrentes? Conheço as misses e converso com elas. É parte do meu trabalho. Mas não sei dizer se flertam comigo. O que sei é que algumas dessas mulheres são de uma inteligência extraordinária. São médicas, advogadas. As brasileiras, em particular, chamam atenção: elas são deslumbrantes, de uma natureza privilegiada. Mas, calma, não quero confusão para o meu lado.

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