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‘Like a Rolling Stone’: a canção que mudou para sempre a música pop

Música de Bob Dylan foi tema de reportagem de VEJA de março de 2010

Por Daniel Jelin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 21h35 - Publicado em 13 out 2016, 23h07
Com 'Like a Rolling Stone', Dylan revolucionou o pop
Com ‘Like a Rolling Stone’, Dylan revolucionou o pop

Em Like a Rolling Stone – Bob Dylan na Encruzilhada, o crítico Greil Marcus mostra a gênese dessa canção e tenta provar que a música lançada em 20 de julho de 1965 mudou, sozinha, a cultura pop em todo o mundo. O livro foi tema de reportagem de VEJA de 31 de março de 2010, intitulada ‘A canção que mudou as canções’. Em entrevista a VEJA, Marcus observava que a composição, que integra o álbum Highway 61 Revisited, é “capaz de viver no papel, sem a música”, uma das qualidades da obra de Dylan que lhe valeram o Nobel de Literatura. Leia abaixo trecho da reportagem de Sérgio Martins:

A canção que mudou as canções: VEJA de 31 de março de 2010
A canção que mudou as canções: VEJA de 31 de março de 2010

A música nasceu de uma brincadeira de Dylan com La Bamba, de Ritchie Valens. Mas a pancada seca de bateria que anuncia o início da canção (Bruce Springsteen disse que ela soava como se alguém tivesse aberto a porta de sua mente), os solos de guitarra que a costuram e as intervenções do teclado criaram um novo padrão de sonoridade no trabalho do cantor. Os amantes do folk iam às suas apresentações para xingá-lo de Judas e vaiá-lo. O compositor respondia com fúria, gritando o refrão “how does it feel?” como um chamado à guerra.

Like a Rolling Stone revolucionou a maneira de divulgar uma canção no rádio. As músicas, então, podiam durar no máximo três minutos; ela tem o dobro. A CBS (atual Sony Music) pediu que Dylan a cortasse. Ele se recusou, e a faixa foi dividida em duas partes. “Foi assim que conheci a canção. Passei uma hora escutando a primeira parte até conseguir pular para a segunda”, disse Marcus a VEJA. O público rejeitou o artifício e exigiu que Like a Rolling Stone fosse tocada na íntegra pelas rádios, formato em que ela chegou ao segundo lugar na parada e se tornou o maior sucesso de Dylan até então.

A letra de Like a Rolling Stone é uma das mais brilhantes da carreira de Dylan. Para contar a história de uma esnobe da alta sociedade que vira indigente, ele emprega metáforas e se vale de uma estrutura narrativa então inédita nas letras de rock – tanto que a canção o colocou não apenas no cânone musical, como no literário. “Trata-se de uma composição capaz de viver no papel, sem a música”, diz Marcus. Seu lançamento fez com que os principais compositores do período alterassem seus métodos, não raro com algum desespero – como no caso de Gerry Goffin, um dos mentores do Brill Building, espécie de quartel-general dos principais hitmakers do período. A protagonista da canção também é motivo de debate. Há quem ache que se trata de um decalque de Edie Sedgwick, socialite que era amiga de Andy Warhol e por quem Dylan se apaixonou – e há quem teorize que o cantor está falando de si próprio, metaforicamente. Greil Marcus, entretanto, aposta em outra tese. Para ele, o segredo está nas três palavras iniciais – “Era uma vez”. Ou seja, tudo não passa de história e invenção. É um bom mote: com Like a Rolling Stone, Dylan reinventou a música pop. E a história dela nunca mais foi a mesma.

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