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Vitória de Pedro Paulo e Paes: Janot pede fim de inquérito contra candidato do Rio

Ministério Público conclui que deputado do PMDB não espancou a própria mulher em 2010

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h06 - Publicado em 15 ago 2016, 21h19

Pois é…

Uma reviravolta e tanto num caso que mobiliza as esquerdas do Rio de Janeiro e a militância feminista. Vamos ver.

Rodrigo Janot, procurador-geral da República, pediu ao Supremo o arquivamento do inquérito contra o deputado federal Pedro Paulo, do PMDB, candidato do partido à Prefeitura do Rio.

Ele era acusado de agredir a sua então mulher, Alexandra Marcondes, com chutes e pontapés. Ela registrou Boletim de Ocorrência no dia 6 de fevereiro de 2010, mas retirou a acusação no dia 3 de novembro de 2015.

Segundo a ex-mulher de Pedro Paulo, na nova versão, as marcas que ela tinha decorriam de movimentos defensivos do seu então marido, já que ela própria teria decidido agredi-lo ao descobrir que ele mantinha um caso extraconjugal.

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O titular de ações desse tipo é o Ministério Público. Como o caso se enquadra na Lei Maria da Penha, ainda que a suposta vítima retire a queixa, o MP pode dar sequência à investigação. E foi o que se fez.

Agora, Janot pede o arquivamento do inquérito e observa: “[Alexandra] foi peremptória ao negar ter sido agredida por seu então marido”, lembrando que ela “atribuiu as próprias lesões a movimentos de defesa de Pedro Paulo, para repelir investidas da depoente contra ele”.

É claro que, pouco antes do início da campanha eleitoral propriamente, Pedro Paulo e o prefeito Eduardo Paes, que endossa a sua candidatura, obtêm uma vitória e tanto. Ainda mais que ela vem em meio os Jogos Olímpicos, que estão sendo, sim, muito bem-sucedidos, o que reforça a imagem positiva de Paes.

A decisão cabe ao ministro Luiz Fux, mas convenham: manter o inquérito por quê? Mais: a babá, que havia testemunhado contra Pedro Paulo, afirmou que só o fez a pedido da então patroa.

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Se uma acusação dessa natureza tem, obviamente, potencial para tirar milhares de votos, a decisão de Janot reforça a candidatura de Pedro Paulo. Cumpre notar: Alexandra Marcondes não é exatamente o retrato da mulher oprimida, que, muitas vezes, pode mentir à Justiça porque se sente intimidada por seu agressor.

Ademais, não sei quais serão os desdobramentos, vamos ver, mas é claro que a ex-mulher do deputado também se expõe a ações na Justiça. Sendo como ela passou a dizer, houve a falsa comunicação de um crime; a babá, por óbvio, cometeu falso testemunho.

O suposto espancamento da mulher era o calcanhar de Aquiles de Pedro Paulo. Se Fux acatar a recomendação do MP — e não há por que não fazê-lo —, seus adversários nem devem tocar no assunto. Ou, a cada vez que o fizerem, estarão dando ao candidato a chance de lembrar o que disse Janot. O mesmo Janot que é a última palavra em matéria de Lava Jato, operação na qual a esmagadora maioria dos brasileiros confia.

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