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Vieira usava o nome de amante de Lula para intimidar colegas

Por Tai Nalon, na VEJA.com: O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, afirmou nesta quinta-feira que Paulo Vieira, diretor afastado da agência, era uma pessoa “ambiciosa”, que almejava cargos no governo e carreira política, mas desprovida de conhecimentos técnicos para ocupar a diretoria de hidrologia do órgão. Em audiência esvaziada no Senado, Andreu […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 07h16 - Publicado em 6 dez 2012, 16h26

Por Tai Nalon, na VEJA.com:
O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, afirmou nesta quinta-feira que Paulo Vieira, diretor afastado da agência, era uma pessoa “ambiciosa”, que almejava cargos no governo e carreira política, mas desprovida de conhecimentos técnicos para ocupar a diretoria de hidrologia do órgão. Em audiência esvaziada no Senado, Andreu foi questionado sobre a conduta de seu ex-subordinado, indiciado pela Polícia Federal por chefiar um esquema de tráfico de influência e de venda de pareceres de órgãos públicos na cúpula do governo.

Segundo Andreu, Vieira era uma pessoa de temperamento “difícil”, que, “por intimidação” dentro da ANA, tinha o hábito citar o nome de Rosemary de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, também acusada de integrar o esquema fraudulento, e do ex-ministro José Dirceu. “Era do tipo de pessoa que queria alçar outros voos. Falava muito em ser candidato, tinha pretensões eleitorais, chegava a mencionar que estava sendo cotado para ser ministro. Esse tipo de arroubos que a gente tinha que lidar”, disse. “[Vieira] Mencionava constantemente seu desejo de ser candidato a deputado estadual por outro partido. Mas ele sempre manifestou que ele concorreria por um partido que não era o PT.”

Andreu não escondeu, contudo, que Dirceu ainda tem ascendência sobre a agência. Sobre as insinuações de Vieira, afirmou que chegou a procurar Dirceu para questioná-lo se ele conhecia o ex-diretor. “O Zé [Dirceu] me disse ‘não conheço, apertei a mão dele duas vezes na vida, fica falando o meu nome. Faz o que você acha que deve fazer’”, comentou.

O presidente da ANA relatou que Vieira “manifestava desejo” de se apresentar “de uma maneira muito fortalecida do ponto de vista político”. “[Vieira] Fazia menção às situações de conhecimento de pessoas e relações que nós sabíamos que não passava de se arvorar de um conhecimento que ele não detinha”, disse Andreu. Ele afirmou, contudo, que a conduta do diretor afastado nunca foi identificada como delituosa.

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Isolamento
Andreu disse ainda que Paulo Vieira “era uma pessoa desconhecida do sistema nacional de recursos hídricos e organizações do sistema”. Por isso, afirmou ter atuado para isolá-lo na agência e colocou Vieira numa área de domínio técnico, para que ele não tivesse como tomar decisões de modo autônomo – no caso de Vieira, ele era supervisionado por dois superintendentes. “Os diretores têm uma supervisão, um acompanhamento cotidiano, uma responsabilidade por apressar e agilizar procedimentos. Mas nenhum diretor tem o poder de deliberar ou emitir resoluções a respeito, nem mesmo da sua área.”

Durante a audiência, Andreu procurou isentar a ANA de responsabilidade e afirmou que a agência “não está sob investigação”. “O que está sob investigação são procedimentos do diretor da agência  que (…) se aproveitou da ‘infra’ de diretor, utilizou essa ‘infra’, o espaço que evidentemente um cargo desse lhe proporciona, para delinquir junto a um grupo de outras pessoas de espaços públicos do nosso país”, disse. Argumentou ainda que nenhum procedimento do órgão está sob suspeição ou sob investigação da PF.

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