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VEJA 4 – Nas Amarelas, Mantega: “Aquela história de protecionismo, que eu mesmo defendi, hoje não vale nada”

Por Márcio Aith:Guido Mantega (foto de Lailson Santos) era, até pouco tempo atrás e para quem desconhecia suas ligações antigas com o presidente Lula, o patinho feio entre os economistas petistas. Não tinha a verve do senador Aloizio Mercadante nem a simpatia professoral do acadêmico Paul Singer. Quando assumiu o posto de principal assessor econômico […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 20h06 - Publicado em 8 dez 2007, 06h29
Por Márcio Aith:
Guido Mantega (foto de Lailson Santos) era, até pouco tempo atrás e para quem desconhecia suas ligações antigas com o presidente Lula, o patinho feio entre os economistas petistas. Não tinha a verve do senador Aloizio Mercadante nem a simpatia professoral do acadêmico Paul Singer. Quando assumiu o posto de principal assessor econômico na campanha petista, em 2002, imaginava-se que seria o ministro da Fazenda. Foi preterido em favor do médico sanitarista Antonio Palocci. Restou-lhe o Ministério do Planejamento, depois a presidência do BNDES. O comando da economia caiu em seu colo em 2006, depois dos escândalos que vitimaram Palocci. Desde então, Mantega imprimiu à economia (e aos gastos sociais) um ritmo mais veloz – segundo ele, típico do “social-desenvolvimentismo”, modelo que caracterizaria a segunda fase do programa econômico de Lula e, na visão dele, o fator principal do momento virtuoso da economia. Nos últimos meses, ele tem se empenhado em convencer senadores da oposição da necessidade de prorrogação, para até 2011, da cobrança da CPMF, o “imposto do cheque”. Na entrevista a seguir, elogiou o legado do governo tucano e disse que, se a CPMF for aprovada, anunciará “no dia seguinte” um corte na contribuição previdenciá-ria sobre a folha de salários. Formado em economia e administração pela Universidade de São Paulo, Mantega nasceu em Gênova, na Itália, em 1949 e é brasileiro naturalizado.

Veja – A que o senhor credita a atual fase virtuosa da economia brasileira?
Mantega –
No passado, crescíamos por espasmo, com profundos desequilíbrios. Hoje, não mais. A economia brasileira está arrumada. O Brasil finalmente está prestes a entrar no seleto grupo de países com taxas de expansão iguais ou superiores a 5%. O consumo cresce a taxas de 10%. Nunca se produziram ou se venderam tantos carros. Mesmo setores tradicionais da indústria, como o têxtil, o moveleiro e o de calçados, que sofrem com a inevitável e necessária concorrência internacional, estão integrados, pois fornecem para um mercado interno aquecido. Há uma nova classe média se formando, com dezenas de milhões de consumidores. Se não tivesse havido avanços institucionais e uma política agressiva no comércio exterior, que abriu novos mercados e diversificou parceiros, certamente não teríamos surfado nessa onda de expansão do comércio internacional. O Brasil não aproveitava essa onda porque, com um câmbio artificial, fixo, estávamos na contramão do comércio internacional. Nos anos 90 éramos importadores. Hoje somos exportadores.
(…)
Veja – Até pouco tempo atrás o senhor se alinhava entre os que viam o câmbio valorizado como uma ameaça às exportações. O que o fez mudar de opinião?
Mantega –
Minha geração de economistas foi formada no pensamento cepalino (tendência desenvolvimentista latino-americana que teve seu auge nos anos 50 e 60). Isso foi válido para determinado período, mas a globalização revolucionou todos os princípios econômicos. Aquela história de reserva de mercado, de protecionismo, que eu mesmo defendi, hoje não vale nada. O Brasil pode ser um protagonista importante com uma economia mais aberta, mais competitiva. Isso implica certa valorização do real e governo e empresários mais competitivos.
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