VEJA 2 – A estranha história do “inocente” que era culpado…
Por Otávio CabralAs razões que levaram à salvação do mandato do senador alagoano Renan Calheiros na semana passada são compreensíveis. No entanto, são imperdoáveis. Foi um espetáculo triste, constrangedor e vergonhoso. Renan Calheiros renunciou à presidência do Congresso, abatido por acusações que o Código Penal classifica como crimes de corrupção, tráfico de influência, lavagem de […]
Por Otávio Cabral
As razões que levaram à salvação do mandato do senador alagoano Renan Calheiros na semana passada são compreensíveis. No entanto, são imperdoáveis. Foi um espetáculo triste, constrangedor e vergonhoso. Renan Calheiros renunciou à presidência do Congresso, abatido por acusações que o Código Penal classifica como crimes de corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, exploração de prestígio e sonegação fiscal. Horas depois da renúncia, o senador foi absolvido pelos colegas no processo que pedia a cassação de seu mandato por quebra do decoro parlamentar. Formalmente, 48 dos 81 senadores aceitaram a tese de que Renan é inocente.
Um estranho e contraditório veredicto. Primeiro, Renan, o acusado, reconheceu que não tinha mais condições de liderar o Senado. Depois, seus colegas, os juízes, consideram-no inocente, apesar das claras evidências de que ele usou dinheiro de origem desconhecida para comprar emissoras de rádio. Parece um contra-senso? Só parece.
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