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Variantes sobre a Teoria da Bravata

O despacho abaixo é da Agência Brasil. Comento em seguida: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta sexta-feira, em Sergipe, seus antecessores “que não tiveram preocupação com o país” e disse que seu governo fez a opção de investir em educação os recursos antes usados para construir cadeias. Lula voltou a descartar a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 17h27 - Publicado em 12 jun 2009, 20h49

O despacho abaixo é da Agência Brasil. Comento em seguida:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta sexta-feira, em Sergipe, seus antecessores “que não tiveram preocupação com o país” e disse que seu governo fez a opção de investir em educação os recursos antes usados para construir cadeias.
Lula voltou a descartar a hipótese de um terceiro mandato, diferentemente da proposta que tramita na Câmara dos Deputados, e reafirmou que tem uma candidata à sucessão, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
“A minha oposição fica zangada, fica nervosa e eles sabem que eu tenho candidata à Presidência da República. Eles têm que saber mais que as mulheres de hoje não são subservientes como há 30 anos. As mulheres, agora, querem estudar, fazer política e chegar ao poder. E por que não à Presidência da República”, questionou.
O presidente disse ainda que, ao fim de seu mandato, entregará um documento, registrado em cartório, com todas as obras feitas durante os oito anos de sua gestão.
“Acabou o tempo em que presidente da República não tinha que dizer o que fez. Agora não, vou chegar ao dia 31 de dezembro [de 2010], quando entregar o mandato, e entregar um pacote de coisas que foram feitas neste país”, afirmou durante a solenidade de inauguração das obras de recuperação do Quarteirão dos Trapiches, no município de Laranjeiras.
“Cada ministro vai ter que preparar [um relatório] com cada centavo que investiu e terá que ir a um cartório registrar para que eu possa entregar a todos os reitores das universidades do Brasil, para todos os presidente de sindicatos, para cada parlamentar brasileiro, governador e, sobretudo, para o sucessor ou sucessora, talvez.”
Para Lula, essa medida fará com que o próximo presidente tenha o compromisso de manter o que foi feito e, até mesmo, ampliar o que foi deixado. “Quero fazer isso porque quem entrar vai olhar o que está feito e Deus queira que ele queira fazer mais do que eu”, afirmou.

Comento
Se o registro que Lula fizer em cartório for tão mentiroso quanto a propaganda do PAC, estaremos diante da documentação de uma impostura. Como se sabe, estão em curso, e atrasadas, apenas 30% das obras listadas no tal programa. Setenta por cento delas ainda não saíram do papel, embora sejam dadas como coisa realizada ou prestes a ser concluída. É uma piada. Do desembolso do Tesouro previsto para tais obras, só 3,5% foram efetivamente gastos. Há obras que, no atual ritmo, só seriam concluídas em 900 (!!!) anos…

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Mas a fala é normal para quem, há dois dias, voltou a exercitar a Teoria da Bravata. E notem: está em campanha eleitoral aberta. Inútil, já se sabe, recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral.

O que Lula deixa a seu sucessor é um monte de obra começada ou ainda a ser iniciada. Se Dilma sucedê-lo, muito bem, ele vai exaltar a competência da companheira. Se for alguém da atual oposição, vai sair boquejando, como de hábito, que ele faria muito melhor. Isso não deve estar naquele filme sobre a sua vida venturosa…

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