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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Uma biblioteca exemplar e os revolucionários da catraca. Ou: livros para quem quer, gás pimenta para quem merece

Leitores do Brasil inteiro, inclusive de São Paulo, devem fazer um esforço para visitar a Biblioteca Mário de Andrade, o segundo maior acervo de livros do país. Reinaugurada oficialmente hoje, conta com uma infra-estrutura que a põe em pé de igualdade com as  boas bibliotecas do mundo. Vinte e dois andares abrigam 320 mil volumes. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h03 - Publicado em 25 jan 2011, 18h50

Leitores do Brasil inteiro, inclusive de São Paulo, devem fazer um esforço para visitar a Biblioteca Mário de Andrade, o segundo maior acervo de livros do país. Reinaugurada oficialmente hoje, conta com uma infra-estrutura que a põe em pé de igualdade com as  boas bibliotecas do mundo. Vinte e dois andares abrigam 320 mil volumes. Nada menos de 42 mil títulos estão disponíveis para empréstimo. Há uma coleção de 27 mil volumes de livros de arte, além de mapoteca, documentos raros, periódicos de vários países do mundo… Tudo num ambiente arejado, bonito, funcional, informatizado.

O prefeito Gilberto Kassab, em companhia do governador Geraldo Alckmin e do ex José Serra, fez a entrega oficial do espaço, que passou por uma longa reforma, numa parceria da Prefeitura com o governo do Estado: um verdadeiro presente para a cidade no dia do seu aniversário — e, claro!, uma obrigação do poder público, que pode ou não ser cumprida. Nesse caso, foi.

Pois bem… A inauguração, como informam os sites noticiosos, foi interrompida por manifestações delinqüentes de ditos representantes de um certo MPL (Movimento Passe Livre). Eles protestavam contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo, que, no último dia 5, passou de R$ 2,70 para R$ 3. Mas o que quer o tal MPL? Ah, não! Eles não querem apenas passagens mais baratas — na verdade, são contra qualquer cobrança porque entendem que o transporte público é uma obrigação do estado, daí que tenha de ser… livre!

Revolucionários
O tal MPL, ao qual certa imprensa tem dado o maior gás, mobiliza basicamente estudantes no horário de saída das aulas, muitos deles dispostos a uma farra. Organizado em várias cidades do país, seus organizadores deixam claro que, acreditem!, o objetivo é acabar com o capitalismo, entenderam? Copiei um trecho de seus “princípios”, que estão num site:

O MPL não tem fim em si mesmo, deve ser um meio para a construção de uma outra sociedade. Da mesma forma, a luta pelo passe-livre estudantil não tem um fim em si mesma. Ela é o instrumento inicial de debate sobre a transformação da atual concepção de transporte coletivo urbano, rechaçando a concepção mercadológica de transporte e abrindo a luta por um transporte público, gratuito e de qualidade, como direito para o conjunto da sociedade; por um transporte coletivo fora da iniciativa privada, sob controle público (dos trabalhadores e usuários).
O MPL deve ter como perspectiva a mobilização dos jovens e trabalhadores pela expropriação do transporte coletivo, retirando-o da iniciativa privada, sem indenização, colocando-o sob o controle dos trabalhadores e da população. Assim, deve-se construir o MPL com reivindicações que ultrapassem os limites do capitalismo, vindo a se somar a movimentos revolucionários que contestam a ordem vigente. Portanto, deve-se participar de espaços que possibilitem a articulação com outros movimentos, sempre analisando o que é possível fazer de acordo com a conjuntura local.

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Voltei
Há dias, eles já fizeram uma bagunça na cidade, mobilizando, segundo a PM, três mil estudantes. Bem, vocês sabem: querem ônibus de graça. Querer mesmo, convenham, a gente quer tudo. A gente não recusaria nem uma BMW de presente, certo? Almoço grátis também seria bem-vindo.

Se o objetivo é fazer revolução em vez de baratear a tarifa — e considerando que essa gente, claramente, já se articulou com partidos políticos —, o objetivo, a partir de agora, passa a ser a  baderna. Como é que se resolve isso? Com a lei. Trata-se de um bando de gente irrelevante, com uma tese amalucada, mas que perturba enormemente a cidade.

Como sempre, deve-se tentar conversar com esses patriotas que pretendem criar o Socialismo da Catraca. Caso eles insistam em desrespeitar a Constituição e as leis, deve-se usar com eles, didaticamente, o gás pimenta.  A polícia nada é mais é do que a democracia de farda, mobilizada para assegurar direitos.

Podem se preparar
Os adversários do PT na cidade podem se preparar. A campanha de 2012 já começou. O que os delinqüentes queriam na inauguração de uma biblioteca de primeira linha na cidade era, no mínimo, dividir a cena. Daqui a pouco o Oded Grajew, da tal Nossa São Paulo, entra em cena…

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