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Um religioso no Ministério da Ciência e Tecnologia? Cuidado com o preconceito contra evangélicos!

Consta que Marcos Pereira, presidente do PRB, está cotado. Se querem criticá-lo por inexperiente na área, vá lá; se o atacam porque é cristão, aí não dá!

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h50 - Publicado em 4 Maio 2016, 05h51

Ai, ai, vamos lá.

Caso Michel Temer, futuro presidente da República, me perguntasse se ele deveria nomear um bispo licenciado ou um cientista para o Ministério da Ciência e Tecnologia, eu escolheria, em princípio, um cientista. Seria uma garantia de bom desempenho? Não necessariamente.

Consta que Marcos Pereira, presidente do PRB, bispo licenciado da Igreja Universal, pode assumir essa pasta. Já começou uma grita. “Como pode? Um religioso cuidando de ciência?” Então tá. Até agora, é fato, não tivemos bispos evangélicos nessa pasta. E, como se sabe, a contribuição do tal ministério para a ciência tem sido, tem sido, tem sido… Tem sido qual mesmo?

Não! Não vou me dedicar a raciocínios falaciosos, fiquem tranquilos. Algo assim: “Se, até agora, a tal pasta, entregue a não religiosos, tem tido um desempenho insignificante, quem sabe com um bispo…”. É claro que seria uma suposição estúpida.

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Entendo que, se o convite for feito e aceito, Pereira não vai usar o ministério para financiar pesquisas sobre o criacionismo, não é mesmo? Lá, ele não será bispo de nada. Antes que o homem, que nem indicado foi, fizesse confusão entre os domínios científico e religioso, seus críticos é que resolveram se dedicar à lambança.

A suposição de que alguém com uma convicção religiosa não possa fazer um bom trabalho nessa área é, em princípio, preconceituosa. E insisto: não estou defendendo o nome de Pereira. Tento apenas ajustar um debate torto.

Nunca ocorreu a ninguém dispensar, por exemplo, o trabalho educacional das Igrejas Católica e Presbiteriana, que administram universidades mundo afora. Ademais, um bom ministro é, antes de tudo, um bom alocador de recursos e um competente eleitor de prioridades. Não precisa ser um especialista na área.

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Ademais, a título de ironia, cumpre não descartar, assim, sem mais nem aquela, o espírito inquieto de religiosos, não é mesmo? Ou teríamos de jogar no lixo as contribuições de certo monge chamado Gregor Johann Mendel e tudo o que nos ensinou sobre genética e hereditariedade.

Ele estudou as ervilhas que cientistas, seus contemporâneos, apenas comiam.

Vamos fazer o seguinte? Querem criticar a eventual indicação de Pereira porque ele não tem experiência na área? Vá lá. Ser contra o seu nome porque é evangélico é preconceito antirreligioso da pior qualidade.

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