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Tirando o sarro da sua cara – PT manda mulher de Delúbio a um seminário contra caixa dois

Disse Mônica Valente: “Os brasileiros não aceitam mais hipocrisia, covardia ou conivência". É mesmo?

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h10 - Publicado em 5 nov 2015, 21h43

A cara de pau dos petistas, acreditem!, é algo sem paralelo na história do Brasil, e, sem querer ser um nativista megalômano no desastre, acho que se pode dizer o mesmo em escala mundial. Nunca, mas nunca mesmo!, cometam a sandice de achar que os companheiros já chegaram ao limite. Como diria Millôr, eles sempre darão mais um passo.

Prestem atenção, brasileiros!

Existe uma estrovenga chamada Coordenação Socialista Latino-Americana. A turma se reúne no Rio para debater políticas de combate à corrupção e mecanismos de transparência na gestão da coisa pública.

Huuummm… É! Socialistas, hoje em dia, têm mesmo se reunir para debater a ação dos ladrões.

A dita “Coordenação” agrega partidos de esquerda da América Latina, muito especialmente aqueles que se dizem de inspiração socialista — um socialismo assim, digamos, à feição PSB. De todo modo, como o nome diz, é um aglomerado de esquerdistas.

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A turma não é das mais ativas. Não chega a ser um Foro de São Paulo, mas está por aí, propondo, como de hábito, soluções simples e erradas para problemas difíceis, como diria H. L. Mencken.

Para esse seminário, também foram convocados, além de partidos de esquerda, representantes de sindicatos, de movimentos sociais etc.

Mônica Valente, secretária de Relações Internacionais do PT e, ora vejam, mulher de Delúbio Soares, foi uma das oradoras da turma. Isso não é uma piada. Isso é uma informação.

Com o destemor que o casal já demonstrou ter, a mulher foi, de fato, valente. Ela combateu duramente a corrupção e, atenção!, o caixa dois nas campanhas eleitorais. Seu marido se tornou célebre por ter criado a expressão “recursos não contabilizados” durante a CPI do mensalão. A companheira de Delúbio pregou fogo: “Os brasileiros não aceitam mais hipocrisia, covardia ou conivência”.

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Oh, claro!, não vou aqui defender que uma mulher pague pelos crimes do marido e, eventualmente, o contrário. Mas, como resta evidente e sempre se soube, Mônica não é apenas a mulher de Delúbio. Ela também é uma militante, uma companheira. E, passados dez anos da vinda à luz do mensalão, eis aí o petrolão — está claro já que as duas máquinas de roubalheira chegaram a funcionar ao mesmo tempo.

Mônica, como já escrevi, é secretária de Relações Internacionais do PT. Conhece, portanto, os meandros do partido. É claro que, ao fazer essa escolha para a secretaria de Relações Internacionais e ao enviar aquela senhora para o evento, o petismo dá uma banana aos brasileiros.

Não por acaso, a direção da legenda está estudando uma forma de desagravo a João Vaccari Neto, justamente o tesoureiro que substituiu Delúbio, o marido de Mônica.

Esse é o partido que está lutando bravamente para manter a proibição da doação de empresas privadas a campanhas, o que, obviamente, será um grande estímulo ao caixa dois. Pior: conseguiu a maioria no Supremo.

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Delúbio quer rir por último. Depois da palestra de sua mulher.

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