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STF ordena quebra de sigilos bancários de delegado Protógenes e do empresário Demarco; origem do site de Paulo Henrique Amorim também será investigada

Ai, ai… Nem sempre o tempo traz a verdade à tona. Às vezes, no entanto, acontece. Os leitores mais antigos deste blog sabem tudo o que aqui se escreveu sobre o tal delegado Protógenes Queiroz, hoje deputado do PCdoB (SP), e a Operação Satiagraha, espantosamente eivada de ilegalidades. Ocorre que uma muito bem urdida operação […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h10 - Publicado em 25 Maio 2013, 06h31

Ai, ai… Nem sempre o tempo traz a verdade à tona. Às vezes, no entanto, acontece. Os leitores mais antigos deste blog sabem tudo o que aqui se escreveu sobre o tal delegado Protógenes Queiroz, hoje deputado do PCdoB (SP), e a Operação Satiagraha, espantosamente eivada de ilegalidades. Ocorre que uma muito bem urdida operação — envolvendo, inclusive, jornalistas — se encarregou de transformar o empresário Daniel Dantas na besta-fera de plantão. E aí todas as ilegalidades e excessos passaram a ser aceitos. Afinal, se era contra Dantas, podia! Setores da Justiça, é bom ficar claro, participaram da patuscada. Bastava que se apontasse uma óbvia maluquice de Protógenes e de seus tentáculos na subimprensa, e lá vinha a campanha orquestrada: “É agente de Daniel Dantas!”. Pois bem. Aos poucos, os fatos começam a vir à tona. Leiam o que informa Márcio Chaer no site “Consultor Jurídico”.
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O Supremo Tribunal Federal decidiu dar curso à investigação que pretende apurar se a operação Satiagraha foi patrocinada e conduzida por empresários interessados em alijar o banqueiro Daniel Dantas do mercado de telecomunicações do Brasil.

O ministro Dias Toffoli atendeu esta semana uma lista de pedidos feitos pela Procuradoria-Geral da República. Entre eles estão a quebra de sigilo bancário do ex-delegado e deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e do sigilo telefônico do empresário Luís Roberto Demarco. O jornalista Paulo Henrique Amorim terá investigada a origem do seu blog.

Demarco, ex-sócio de Daniel Dantas no grupo Opportunity, foi o homem designado pela Telecom Italia para defender seus interesses no Brasil e combater os de Daniel Dantas. Protógenes Querioz, atuando como delegado da Polícia Federal, conduziu a operação Satiagraha, que investigou supostos crimes financeiros de Daniel Dantas e de seu grupo empresarial. Paulo Henrique Amorim, em conexão com Demarco e Protógenes, conduzia uma campanha de mídia contra Dantas. Demarco e Amorim estariam a serviço da Telecom Itália, sócia de Daniel Dantas na Brasil Telecom, com quem disputava o controle acionário da operadora.

Entre outras ordens, o ministro do STF determinou a expedição de carta rogatória à Itália, para obtenção das conclusões dos processos conduzidos pela Procuradoria da República de Milão. Nesse processo, apurou-se que da empresa Telecom Italia foram desviadas altas somas destinadas a subornar autoridades, políticos, policiais e jornalistas do Brasil. Entre os executivos da empresa na Itália, responsáveis pelo “propinoduto”, alguns já foram presos, outros ainda respondem processos e um se suicidou. Embora já se saiba da condenação dos corruptores, até hoje as autoridades brasileiras evitaram ir atrás dos corrompidos.

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Será quebrado o sigilo bancário também de José Zelman que, segundo Protógenes, foi quem lhe doou três imóveis (dois apartamentos, um no Guarujá, outro em Foz do Iguaçu e mais uma garagem), no curso da operação Satiagraha. A Receita Federal deverá fornecer as declarações de Imposto de Renda de Protógenes e Zelman, de 2005 a 2008.

Além da quebra de sigilo telefônico de todas as linhas identificadas como sendo de Protógenes e Demarco, serão levantadas também as ligações feitas e recebidas pela Nexxy Capital (empresa de Demarco) e números da própria Polícia Federal. Dos aparelhos celulares, além das ligações serão recuperados os SMS disparados ou recebidos.

As superintendências da Polícia Federal em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro deverão informar se Luís Roberto Demarco ingressou nos prédios entre janeiro de 2007 e dezembro de 2008 — e a finalidade das visitas. A empresa de Demarco será investigada também na Junta Comercial de São Paulo.

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