Sim, no caso da Polícia do Rio, eu bem que avisei
Sobre a crise na Polícia do Rio, algumas pessoas reclamaram: “Pô, você fica aí escrevendo ‘eu bem que avisei, eu bem que avisei; deixe de ser vaidoso’”. NÃO É VAIDADE, NÃO! É só um chamamento para que a imprensa passe a ter senso de proporção. Eu tinha algumas informações sobre os bastidores — ou sobre […]
Sobre a crise na Polícia do Rio, algumas pessoas reclamaram: “Pô, você fica aí escrevendo ‘eu bem que avisei, eu bem que avisei; deixe de ser vaidoso’”. NÃO É VAIDADE, NÃO! É só um chamamento para que a imprensa passe a ter senso de proporção. Eu tinha algumas informações sobre os bastidores — ou sobre o bas-fond — da Polícia do Rio. Aliás, não era só eu, não. Boa parte do jornalismo sabe das mesmas coisas, nem sempre publicáveis por falta daquela prova contundente, como dois e dois são quatro. Se não podem ser publicadas, elas devem instruir ao menos a prudência.
Vi muitas vezes o delegado Allan Turnowski posando ao lado dos “heróis” da ocupação do Complexo do Alemão, e aquilo provocava, assim, meu ceticismo. E, reitero, eu não era o único que tinha motivos para ser cético. Por que os outros não foram? EU entendo: há aquela sede de “resolver o problema”, que alguns pretendem chamar de “pragmatismo”. Lamento! Não é pragmático escolher o erro para se chegar ao acerto.