Sexo
Fiz um comentário até bem-humorado no post “O que pode essa língua”. Vejam lá. Aí o petralha me manda a seguinte pergunta: “Por acaso vc tem alguma fobia ao sexo?” Não sendo com uma viúva negra, não. Não acho boa idéia esse negócio de comer o macho depois do coito. A fêmea do louva-a-deus, vi […]
“Por acaso vc tem alguma fobia ao sexo?”
Não sendo com uma viúva negra, não. Não acho boa idéia esse negócio de comer o macho depois do coito. A fêmea do louva-a-deus, vi outro dia no Discovery, também é uma ingrata. Vacilou, “nhoc!”, o coitado vira reserva de proteína da mocinha. Huuummm. O feminismo sonha transformar os homens no macho da viúva negra e da louva-a-deus? Acho que sim.
Se vocês lerem Cerimônia do Adeus, em que Simone de Beauvoir relata os últimos dias de Sartre, verão o que é vingança. Simone injeta seu suco gástrico no moribundo e o engole, a pretexto de contar memórias. Podem imaginar o autor de O Ser O Nada — impenetrável por muito chato — a fazer digressão sobre os embutidos? Eu, hein! É por isso que escolhi um amor necessário e sosseguei o facho. Ela se vinga de cada “amor contingente” que o vesguinho arrumou na vida.
Essa gente tem a certeza de que faz sexo mais gostoso do que aqueles a quem considera seus adversários. Não tenho nada contra a que se pense, na hora “h”, na queda da Bastilha ou na tomada de Moscou pelos bolcheviques. Sexo supõe a mímica de uma sujeição. Mas eu vibro é com o “canto de vitória” da adversária. Sexo só é bom com a “vitória do oprimido”. Ou com Camões: “é servir a quem vence o vencedor”.
Fui claro para quem sabe. Petralha não sabe.