Segunda impressão
Depois de resistir duramente a ser profundo o bastante (Oscar Wilde) para acreditar na minha primeira impressão, mantenho-me cá firme para resistir à segunda. Disse nesta quinta o futuro ministro da Agricultura, Odílio Balbinotti (PMDB-PR), que responde a dois processos que tramitam no STF: “Se eu tivesse culpa, causaria [desconforto]. Mas eu sou inocente. O […]
“Nós estamos olhando essa questão. O presidente vai analisar e está tudo em aberto. Ainda não está fechada a reforma ministerial. É um processo que está sendo debatido dentro do governo”. A frase é da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Como é que é? “Analisando a questão” depois de feito o convite? Ué, achei que já tivesse sido analisada e se tivesse chegado à conclusão de que não tinha importância. Lula demora quase três meses para fazer uma pequena reforma ministerial e convida primeiro para analisar depois?
Não sei, não. Tenho a impressão de que Lula não sabia de nada. A fala do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), também é bacana: “A responsabilidade pelo ministério é do ministro. Vou pedir que os ministros do PMDB tenham cuidado nas questões administrativas em seus respectivos ministérios”. Entendi. O PMDB nada tem a ver com os peemedebistas. Segue o exemplo de Lula. Certa feita ele disse que não poderia responder por aquilo que cada partido fazia no governo.