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Sectarismo do PSOL faz Randolfe deixar legenda. Ou: Marina e seus notáveis “de posição, à frente”…

O PSOL, por si, não tem importância, é claro! É um partido com uma presença na imprensa absolutamente desproporcional à sua atuação e a seu naniquismo. Explica-se: conta com a simpatia de muitos jornalistas de esquerda, especialmente do Rio, que hoje se envergonham do petismo. Reúne ainda alguns políticos-celebridades, como o ex-BBB Jean Wyllys e […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h25 - Publicado em 28 set 2015, 03h43

O PSOL, por si, não tem importância, é claro! É um partido com uma presença na imprensa absolutamente desproporcional à sua atuação e a seu naniquismo. Explica-se: conta com a simpatia de muitos jornalistas de esquerda, especialmente do Rio, que hoje se envergonham do petismo. Reúne ainda alguns políticos-celebridades, como o ex-BBB Jean Wyllys e Marcelo Freixo. O primeiro é capaz de dizer bobagens assombrosas com o destemor de quem se imagina ainda acompanhado por câmeras ocultas. O outro virou uma espécie de líder dos socialistas do Leblon… Pois é.

O partido, dada a sua dimensão liliputiana, sofreu três baixas importantes: deixaram a legenda a vereadora por Maceió Heloísa Helena, que migrou para a Rede, de Marina Silva; o senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, e o prefeito de Macapá, Clécio Luís, que foi para o PCdoB. No Congresso, agora, a legenda será representada apenas pelos deputados Chico Alencar (RJ), Jean Wyllys (RJ), Edmilson Rodrigues (PA), Ivan Valente (SP) e Glauber Braga (RJ), que se abrigou na sigla na quarta, oriundo do PSB.

Clécio justificou a decisão explicando que o cargo de prefeito “impõe imensos problemas a resolver”, os quais “exigem relações políticas mais amplas, capacidade de fazer alianças maiores e um trabalho articulado com outros entes do poder público, como o governo federal”. Resumo: cansou de fazer oposição de esquerda ao PT. Ou ainda: um prefeito não pode ficar apenas berrando na rua. Tem de trabalhar. Heloísa Helena há tempos estava rompida com a direção do partido, que ela acusa — imaginem vocês! —, de sectária.

Embora tenha feito uma cartinha de despedida elegante, elogiando os parceiros de trajetória, o sectarismo do PSOL está na raiz da desfiliação de Randolfe. O senador, destaque-se, sempre deu o voto mais à esquerda possível no Parlamento, mas isso é pouco para a turma. Se bem se lembram, ele era o escolhido para disputar a Presidência da República pelo partido, mas foi apeado do posto por Luciana Genro e seus extremistas amestrados.

O troço é de tal natureza estúpido que os psolistas patrulhavam o seu senador, entre outros motivos, porque este tentava levar recursos federais para seu estado. Segundo a “linha justa”, isso representaria uma espécie de capitulação, evidenciando que o partido estaria se rendendo ao jogo parlamentar.

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Na sua carta de despedida, escreve Randolfe:
“(…) o ambiente político exige uma maior capacidade de articulação política. Exige amplitude, exige multiplicidade de relações, para que se construam organizações políticas capazes de atrair jovens, intelectuais, artistas, membros do movimento social, ativistas, militantes das redes sociais e todos aqueles que possam abraçar uma agenda comum em defesa do desenvolvimento soberano e sustentável e da superação das desigualdades econômicas e sociais.”

Isso, obviamente, tem sotaque, jeito e perfil da Rede. A ida do senador para a legenda é dada como certa. Marina vai formando, assim, o seu pequeno exército de notáveis. Miro Teixeira deixou o PROS e Alessandro Molon abandonou o PT. Os dois deputados do Rio agora integram aquele partido que, segundo a sua inspiradora, não é nem situação nem oposição, mas tem “posição”. Também não é nem de esquerda nem de direita, mas está à frente.

Sei lá o que isso tudo significa. Uma coisa é certa: Marina não quer nem ouvir falar em impeachment. Segundo diz, não há motivos para isso. Deve ser isso a tal “posição à frente”.  Que coisa! É bem parecida com a retaguarda do PT, né?

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