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Reunificada, Alemanha segue dividida no bolso e na mente

Por Luciana Coelho, na Folha: Na maior parte do trajeto por onde passou o Muro de Berlim, há apenas discretos tijolos incrustados no chão e placas de metal com o tempo de vida desse monumento à Guerra Fria (1961-89). Mas, passados 20 anos desde que o ex-oficial comunista Günter Schabowski se confundiu em uma entrevista […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h29 - Publicado em 8 nov 2009, 06h03

Por Luciana Coelho, na Folha:
Na maior parte do trajeto por onde passou o Muro de Berlim, há apenas discretos tijolos incrustados no chão e placas de metal com o tempo de vida desse monumento à Guerra Fria (1961-89). Mas, passados 20 anos desde que o ex-oficial comunista Günter Schabowski se confundiu em uma entrevista e precipitou a queda, a sombra da divisão alemã persiste.
A “Mauerfall” -o evento que acabou por simbolizar o fim da Cortina de Ferro no vácuo das reformas promovidas por Mikhail Gorbatchev na União Soviética e da fervente pressão econômica e social nos países do Leste Europeu- será celebrada amanhã, e não há por que questionar a reunificação que aconteceria no ano seguinte.
Os desníveis, claros, aos poucos vão sendo cobertos. Mas pergunte a um alemão de qualquer parte se hoje há diferenças entre Leste e Oeste. A resposta imediata será “sim”.
Forjado em 1945 pelos vencedores da Segunda Guerra quando dividiram o país em dois e sua capital em quatro (depois americanos, britânicos e franceses uniriam suas zonas de controle, deixando os russos sós), o conceito de dois lados da Alemanha ainda se reflete na política e na economia.
Com um quinto da população total, os Estados da ex-República Democrática Alemã não têm ministros no gabinete de Angela Merkel (embora ela, criada no Leste, seja a exceção à regra). O desemprego é quase o dobro do que vigora nos Estados da antiga República Federal da Alemanha, a população declina mais rápido e o PIB per capita mal chega a 70% dos conterrâneos ocidentais.

Psique
Mais do que números da economia e cadeiras do Parlamento, a divisão permeia até hoje a psique alemã. A Folha indagou historiadores, professores, burocratas, políticos, economistas, jornalistas, ativistas e estudantes nascidos na RDA e na RFA se Leste e Oeste ainda são diferentes. Todos, exceto uma estudante (leia texto na pág. A16), disseram “sim”.
Embora sem animosidade, as pessoas ainda guardam estereótipos mais sólidos do que o muro. “A arrogância do Oeste é parcialmente verdade”, diz Tobias Holitzer, curador de museu em Leipzig. “E o Leste, por sua vez, também é cético em relação ao Oeste.”
Esses papéis derivam das relações travadas por 40 anos. “Todo mundo tinha parentes ou amigos na Alemanha Oriental e lhes mandavam algumas coisas cotidianas, o que tornou a relação entre a Alemanha Ocidental e a Oriental estreita”, diz o historiador Siegfried Suckut, criado na região de Hamburgo. “Mas por causa disso os alemães orientais acabaram na posição inferior, de pedir e não ter o que oferecer.” Aqui

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