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Resultado eleitoral da crise: em dois cenários, Dilma e Marina disputam o 2º turno; em outros dois, Lula vence no primeiro. Está bom para você?

Resolvi manter este texto no alto da home por mais algum tempo Eita! Quanta coisa, não!? Alguns amigos liberais tiraram uma casquinha deste escriba neste sábado. “Viu a despencada de Dilma? Não vai mudar de ideia sobre esse período todo?” Pois é. Vi e não vou mudar. O risco continua a ser o mesmo, que […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h53 - Publicado em 30 jun 2013, 07h33

Resolvi manter este texto no alto da home por mais algum tempo

Eita!

Quanta coisa, não!? Alguns amigos liberais tiraram uma casquinha deste escriba neste sábado. “Viu a despencada de Dilma? Não vai mudar de ideia sobre esse período todo?” Pois é. Vi e não vou mudar. O risco continua a ser o mesmo, que venho apontando desde o início: uma torção à esquerda do processo político. No debate desta quinta na VEJA.com, afirmei que Lula era um dos ganhadores desse processo todo. Não! Nem os 35 pontos que Dilma perdeu de ótimo/bom nesses três meses me deixaram muito animado. Mas isso fica para mais tarde. Vamos ao fato do dia, que está na Folha de amanhã: pesquisa Datafolha sobre a disputa eleitoral de 2014 simula quatro cenários, TODOS, A MEU VER, DE HORROR. Em dois deles, Dilma Rousseff (PT) disputa o segundo turno com Marina Silva (Rede). Nos outros dois, Lula vence a disputa no primeiro turno. Tá bom pra vocês?

Sim, Dilma despencou também na disputa eleitoral, mas quem ascende de modo mais evidente é Marina Silva. Escolha com qual obscurantismo você quer ficar: com o do leninismo chumbrega-tardio ou o do perereca holística. Eu poderia citar Manuel Bandeira de “Pneumotórax” e escolher um tango argentino — mas isso, hoje, seria mal interpretado.

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Vamos ao cenário A
Dilma tinha 58% em março, 51% no começo deste mês e, agora, aparece com 30%. Marina, nesses mesmos períodos, tem 16%, 16% e 23%. A petista perdeu 21 pontos em três semanas; a redista ganhou 7. Aécio, do PSDB, salta de 10% para 14% no começo do mês e, agora, aparece com 17%. Eduardo Campos tem 7% agora — antes, 6% e 6%. Nesse cenário, Dilma e Marina disputam o segundo turno.

Vamos ao cenário B
Nas mesmas datas, a petista cai de 56% para 49% e, depois, para 29%. Marina obtém 14% nas primeiras duas medições e surge agora com 18%. Aécio e Joaquim Barbosa empatam em 15%. Campos fica com 4%, 5% e 5%. Também nesse caso, Dilma e Marina vão para uma segunda rodada.
Nota: Barbosa não será candidato. Parte considerável de seus votos — que é basicamente de gente que está com o saco cheio da política e dos políticos — tende a migrar para Marina.

Vamos ao cenário C
Nesse caso, Dilma cede a vaga a Lula, que disputaria, então, pelo PT. Ele também foi afetado pela crise. Tinha 60 pontos percentuais em março; caiu para 55% no começo deste mês e tem agora 46%. Marina segue em segundo, com 19% (obteve 14% nas duas jornadas anteriores). Nessa hipótese, Aécio evolui pouco: fica com 14%. No começo do mês, tinha 13%. Em março, 10%. Eduardo Campos fica com 4% (4% e 5% nas anteriores). Lula vence no primeiro turno. Percebam: Lula e Marina, juntos, obtêm 65% do eleitorado. Não me peçam para aplaudir!
Nota – Se Lula for o candidato do PT, Eduardo Campos já disse que não disputa e que o apoia.

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Vamos ao cenário D
Nesse caso, reaparece o não candidato Joaquim Barbosa. Lula vai de 58% em março para 55% no começo de junho e agora tem 45%. É o pior cenário para Marina, com 14% 12% e 14%. Por quê? Justamente por causa de Barbosa — é o voto dos que odeiam a política: ele fica, respectivamente, com 7%, 6% e 13%. Reparem que os votos que Lula perde do começo do mês para agora foram transferidos, quase na totalidade, para Marina e Barbosa. Nesse caso, Aécio se mexe pouco de novo: dos 9% em março, passa para 11% no começo de junho e, agora, apenas 12%. Campos, que não seria candidato para apoiar Lula, fica com 3%, 3% e agora 4%.

Encerrando por enquanto
Não me peçam para vibrar. E olhem que o PT ainda nem botou a tropa na rua. Vai botar. Cenário eleitoral em que acontece o que vai abaixo, lamento, não é bom:
Dilma + Marina = 53%
Dilma + Marina + Barbosa = 62%
Lula + Marina = 65%
Lula + Marina + Barbosa = 72%

Assim, meus queridos amigos liberais, não vou mudar, não! O fato de uma fatia do PT estar em desespero não é suficiente para que eu vibre no médio e no longo prazos. Muita coisa precisa ser pensada, inclusive a formidável queda de prestígio de Dilma. Não existe milagre em política. Em política, milagre é sempre feitiçaria.

Texto publicado às 18h55 deste sábado
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