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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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República de ladrões. Ou: Daqui a pouco, o leitor saberá na VEJA por que Wagner Rossi tem de ser demitido

Abaixo há um post que traz um trecho de uma das gravações feitas pela Polícia Federal na Operação Voucher. O foragido Humberto Silva Gomes, sócio da Empresa Barbalho Reis, conversa com um interlocutor: “Quando é dinheiro público, não pesa no seu bolso. Aí você joga pro alto mesmo, até porque, se você não jogar, você […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h06 - Publicado em 13 ago 2011, 08h03

Abaixo há um post que traz um trecho de uma das gravações feitas pela Polícia Federal na Operação Voucher. O foragido Humberto Silva Gomes, sócio da Empresa Barbalho Reis, conversa com um interlocutor: “Quando é dinheiro público, não pesa no seu bolso. Aí você joga pro alto mesmo, até porque, se você não jogar, você vai perder logo de cara porque todo mundo vai jogar. Criou essa idéia aqui: ‘Ah, é pro governo, joga o valor pra três, tudo vezes três (…) Superfaturamento sempre existe”.

Não é exceção; é a mentalidade dominante entre aqueles que fazem negócio com o governo. E, esperto, o leitor já entendeu o resto: quanto mais governo, mais corrupção; quanto mais estado, mais assalto aos cofres públicos. E não pensem que isso é exclusividade desse ou daquele partido. A coisa é mais grave: trata-se de uma cultura, alimentada pela forma como a política é vivida, o tal “presidencialismo de coalizão”. A ironia da história — e sempre há uma — é que o PT se construiu, para todos os efeitos, como a legenda hostil aos vícios; seria o partido da… “ética na política”. Está no poder há nove anos. E nunca se roubou tanto nestepaiz!

Lula é o responsável pela sofisticação do sistema. Nenhum presidente antes dele — e isso inclui o baguncismo de Fernando Collor — loteou o poder com tamanha determinação, com tamanho “profissionalismo”, com tamanha “generosidade”. Ministérios foram entregues aos aliados de porteira fechada. A revolta a que se assiste hoje em Brasília deriva do estremecimento daquele pacto: “No meu feudo, faço o que bem entendo”. Dilma está acuada — e uma das forças que a pressionam a apostar na impunidade é o PT, especialmente Luiz Inácio Apedeuta da Silva.

A edição desta semana de VEJA já começa a chegar aos assinantes e às bancas. Daqui a pouco vocês verão mais uma penca de motivos para que Wagner Rossi seja o quarto ministro demitido — o terceiro em razão de problemas “éticos”. Dilma tenta segurá-lo de todo jeito. Para tanto, vai ter, então, de passar a condescender, de modo insofismável, com a bandalheira. E, acreditem, ela está nesse péssimo rumo.

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O Estadão de hoje informa que a presidente escolheu o vice presidente Michel Temer para ser uma espécie de articulador do governo. Estavam certos todos os que apostavam — inclusive este escriba — que a dupla Gleisi Hoffmann-Ideli Salvatti levaria o governo à paralisia política. É o que esta em curso. Muito bem! Ela precisa de um articulador. Chamar quem? Parece que teve a péssima idéia de escalar para a tarefa… justamente Temer, vice-presidente da República, capa-preta do PMDB e chefe político de… Wagner Rossi! Agiu sob a inspiração do Babalorixá de Banânia, com quem esteve na quarta-feira.

O “modelo Lula” de governar começa a afundar no pântano de que o petismo é uma vistosa flor. Dilma vai ter de escolher entre o desmanche de um estado corrupto e seqüestrado por larápios e a proteção a gângsteres. É grande a pressão para que ela escolha a bandidagem.

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