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Reinaldo Azevedo, o “rottweiler feroz”, exibe um vídeo sobre pessoas pacíficas

Vejam este vídeo: Escrevi no sábado de manhã um post sobre o ataque bárbaro de que foi vítima o coronel Reynaldo Simões Rossi, comandante da PM, responsável pelo policiamento da região central da cidade. É conhecido por ter um temperamento conciliador e por tentar, a todo custo, evitar o confronto. Por isso, busca sempre o diálogo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h06 - Publicado em 28 out 2013, 06h05

Vejam este vídeo:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=6U8_6PN60BI%5D

Escrevi no sábado de manhã um post sobre o ataque bárbaro de que foi vítima o coronel Reynaldo Simões Rossi, comandante da PM, responsável pelo policiamento da região central da cidade. É conhecido por ter um temperamento conciliador e por tentar, a todo custo, evitar o confronto. Por isso, busca sempre o diálogo com os que lideram a baderna.

Todos já tínhamos visto fotos do que aconteceu na sexta. Um grupo de delinquentes mascarados cercou o coronel e passou a espancá-lo. Agora há o vídeo no YouTube, como vocês veem acima.

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O coronel teve a clavícula quebrada e foi internado com cortes no rosto e na cabeça. Não fosse a intervenção de um policial do serviço reservado, à paisana, é provável que tivesse sido morto, já que a disposição para linchá-lo fica evidente. Ouçam os gritos de “pega!”. O ataque é em bando mesmo: um dá um porrada ou um chute e sai; outro entra, desfere seus próprios golpes e sai; vem mais um… A mesma coisa. O canalha que pega a placa de ferro acha que isso ainda é pouco; que o “bando contra um” ainda não é abjeto o bastante e pega a placa. Ele quer é resolver logo a questão. Ele quer é esmagar logo a cabeça do policial. Ele quer é resolver definitivamente a questão.

Parceiros dos violentos
A manifestação de sexta-feira foi programada pelo Passe Livre (que está de volta; já falo a respeito). Desde o primeiro dia dos protestos, seus líderes se negam a criticar a violência. Ao contrário. Eles a compreendem e a justificam.

No dia 28 de junho, escrevi aqui um artigo a respeito. No dia anterior. A Folha havia feito uma sabatina com dois de seus líderes. E a questão da violência foi abordada. Falaram pelo Passe Livre Caio Martins e Mariana Toledo. Eles se disseram, claro, claro, contra o vandalismo. Mas será que eles o condenavam? Resposta clara e inequívoca: NÃO!

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Ao contrário! Eles consideraram que é muito difícil combater depredações, saques e agressões a policiais porque, disseram, no Brasil, violento é o estado. Afirmaram ainda que jamais colaborariam com a PM para identificar vândalos. Nas palavras de Caio, um dos Rimbauds das Catracas que tanto excitam a imaginação dos nossos jornalistas, “é muito difícil conseguir uma manifestação pacífica na rua [no Brasil] porque o estado é violento”.

Esses radicaloides, que conhecem a pobreza de ouvir falar, estão, parece-me evidente, a serviço do que já é um aparelho político. E não é de hoje. O MPL já disse o que quer: superar o capitalismo. Para eles, o estado é essencialmente ilegítimo — aquele mesmo que tirou da miséria muitos milhões de pessoas nos últimos anos —, e a polícia nada mais é do que parte de seu braço armado. E fim de papo.

Mariana tem 27 anos. É pós-graduanda em sociologia na USP. Já está um pouco passadita para brincar de Mafaldinha. Também ela falou, então, sobre a violência: “Não é uma questão de condenar ou apoiar, achar legítimo ou não [a violência]. É que a gente perceba como a população está descontente com a violência da polícia, da tarifa”. E ponto! Como fiéis militantes de uma seita leninista — o leninismo da catraca —, disseram, nas palavras de Caio, por que não expressam opiniões pessoais ou algo assim: “Não interessa saber o que o Caio e a Mariana pensam. Fomos destacados pra uma tarefa específica, de falar com a imprensa”.

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Na sexta-feira, os mascarados, como antes e como sempre, não foram meros infiltrados no movimento de rua, ao contrário do que se noticiou. Sempre atuaram como parceiros do Passe Livre. Não foi diferente desta vez.

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