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Previsão de inflação sobe e pressiona BC

No Estadão Online: Por Fabio Graner, no Estadão Online: O mercado elevou pela sexta vez consecutiva a projeção de inflação para este ano, que já atinge a marca de 5,42% (ante 5,34% na semana passada). O valor está significativamente acima da meta de 4,5%. Entre as cinco instituições que mais acertam previsões para o Índice […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h07 - Publicado em 18 jan 2011, 22h06

No Estadão Online:
Por Fabio Graner, no Estadão Online:
O mercado elevou pela sexta vez consecutiva a projeção de inflação para este ano, que já atinge a marca de 5,42% (ante 5,34% na semana passada). O valor está significativamente acima da meta de 4,5%. Entre as cinco instituições que mais acertam previsões para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a médio prazo, a expectativa teve ligeiro recuo, mas ainda é alta: 5,99%, nível próximo da banda superior de tolerância (6,5%). Ante a deterioração das previsões do mercado, o BC fica ainda mais constrangido a elevar a taxa de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O mercado prevê alta de 0,5 ponto porcentual nessa reunião e um aperto total de 1,5 ponto, o que levaria a Selic para 12,25% ao ano. Mas há analistas que enxergam a necessidade de o BC ser mais agressivo e elevar mais os juros para controlar os preços e a trajetória das expectativas de inflação – variável considerada muito importante no modelo matemático da autoridade monetária. Nos negócios de ontem no mercado de juros, parte ainda pequena dos investidores já apostava em alta de 0,75 ponto porcentual na Selic amanhã.

Descompasso
Para o professor da Universidade de São Paulo Fabio Kanczuk, os índices de preços e a deterioração das expectativas mostram que o BC não deveria ter parado de elevar os juros no segundo semestre do ano passado. Para ele, há um descompasso entre oferta e demanda na economia que pressiona os preços, ou seja, a inflação não decorre apenas da inequívoca e forte alta dos alimentos. “Há um aquecimento econômico, e o BC não deveria ter parado de subir juros lá atrás”, disse o professor.

Kanczuk considera que a atual diretoria do BC tem uma visão mais otimista, tratando a inflação muito mais como consequência de um choque de oferta e, por isso, dá sinais de não querer carregar demais a mão na taxa de juros. Assim, segundo ele, a demanda no Brasil ainda está excessiva e deve fazer com que o IPCA feche este ano em 6% e em 5% em 2012.
No entendimento dele, para melhorar o quadro dos índices de preços e conseguir levar o IPCA em 2012 para o centro da meta (4,5%), o BC deveria elevar o juro até a casa dos 13% ao ano.

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A economista da Lerosa Investimentos Alexandra Almawi tem uma visão mais otimista do quadro inflacionário. Para ela, a alta recente nas projeções da Focus reflete muito mais a elevação dos alimentos nos últimos dias (em parte por causa das tragédias causadas pelas chuvas) e ainda não considera o impacto das medidas adotadas pelo BC no ano passado, de elevação do compulsório e contração do crédito. “Ainda não deu tempo de essas medidas causarem impacto, que é equivalente a algo entre 0,5 ponto e 1 ponto porcentual em termos de Selic”, diz Alexandra.

Para ela, com essas medidas, o ajuste fiscal prometido pelo governo e o processo de alta da Selic iniciando-se nesta semana, a partir do segundo trimestre a inflação já deve começar a refluir e fechar o ano entre 4,5% e 5%. A economista prevê a taxa de juros fechando 2011 em 12,5%, pouco mais que a média do mercado revelada na pesquisa Focus.

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