Previsão de emprego da Fiesp cai 50%
O Apedeuta deitou e rolou no horário eleitoral com os números do emprego, inventando a cifra de 6 milhões, 4,5 milhões formais, e 1,5 milhão de postos informais. Conversa. É o tal cadastro do Caged, que a oposição não conseguiu até agora desmontar. Não que ele não sirva para nada. Não serve para medir emprego. […]
A federação reviu para baixo a projeção de crescimento de emprego na indústria: era de 2%; pensa-se, agora em 1%. Parece pouco? Uma queda de 50% apenas… É conseqüência do lamentável desempenho do setor industrial, o que jogou para baixo também as previsões de crescimento no ano. Mas, como disse Lula, importa é que é ele seja sustentado. Nem diga: média dos 4 anos, para escândalo do mundo, deve ser de 2,8%… Sustentados!!!
Em agosto, a indústria reduziu 5.000 postos de trabalho na comparação com julho e fechou o mês com queda de 0,26%. A que se deve tal resultado? Aumento das importações e desaceleração das exportações em muitos setores, o que é facilitado pela política cambial. Vai melhorar? A tendência, no médio prazo, é piorar: assim que a China passar de compradora para competidora para valer. Com a economia americana estável, mas não exuberante, os chineses aportarão aqui e onde houver gente querendo comprar. E então veremos a porca torcer o rabo. A equação é simples e fatal. Será didático para o “povo”? Quem sabe…
Segundo Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, a entidade projeta um crescimento de, no máximo, 3%. Eu projeto 2,8%. Com a força do povo…