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Presidente do PT-RJ reage a Cunha, do PMDB, e o chama de “líder do bocão”. Cresce o número de peemedebistas inclinados a um novo amor

O bate-boca entre petistas e peemedebistas continua. Já está quase na hora de chegar a turma do “deixa disso”. Pelo PMDB, falará então o vice-presidente, Michel Temer, ou Valdir Raupp, presidente da legenda. Pelo governo, Aloizio Mercadante, novo chefe da Casa Civil, ou Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, que ainda existe, embora poucos acreditem […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h19 - Publicado em 5 mar 2014, 19h30

O bate-boca entre petistas e peemedebistas continua. Já está quase na hora de chegar a turma do “deixa disso”. Pelo PMDB, falará então o vice-presidente, Michel Temer, ou Valdir Raupp, presidente da legenda. Pelo governo, Aloizio Mercadante, novo chefe da Casa Civil, ou Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, que ainda existe, embora poucos acreditem nisso.

Nesta quarta, foi a vez de Washington Quaquá, presidente do PT do Rio, sair atirando contra o deputado federal fluminense Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara. Afirmou, segundo informa a Folha: “Tenho o maior respeito pela história do PMDB, que tem importância na estabilidade política do Brasil. Mas não vamos ser chantageados por um cidadão bocudo como Eduardo Cunha. Já ouvi declarações do Raupp, do Michel Temer dizendo que a aliança tem a maioria da convenção. Nem o PMDB, que tem uma história no Brasil, nem o PT podem virar reféns de gente como Eduardo Cunha”. Referindo-se ao “blocão” formado pelo peemedebista, o petista o chamou de líder do “bocão”. E acrescentou: “Eles estavam acostumados com o PT do Rio, que ficava orbitando em torno dos cargos do governo. Não se acostumaram com o novo PT do Rio, que, de fato, tem ojeriza a esse tipo de gente, a banda podre do PMDB”.

A convenção a que se refere Quaquá é a do PMDB, que vai decidir se o partido vai apoiar a candidatura de Dilma à reeleição — o que é certo — ou escolher um outro nome. No Twitter, Cunha chegou a defender o rompimento da aliança e, nos bastidores, ameaça sugerir a antecipação da convenção do partido para encaminhar essa proposta. O petista tem razão numa coisa ao menos: o rompimento não vai acontecer nem com “reza braba”, como se diz lá em Dois Córregos, mas o PMDB que vai para as eleições neste 2014 reúne insatisfeitos em penca. 

É claro que o PT não tem ojeriza a nada que diga respeito ao poder desde que possa fazer as suas vontades e que isso seja útil ao partido — ou não dividiria o governo do Maranhão com a família Sarney. Isso é bobagem. Se o partido se conformou em ser satélite de Sérgio Cabral por longos sete anos é porque não tinha, até então, uma candidatura viável no estado. Agora julga ter: a de Lindbergh Farias. Como é hábito no petismo, se um adversário é útil à sua causa, passa a ser tratado como aliado; se um liado é incômodo, passa a ser tratado como inimigo.

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Reitero o que escrevi aqui ontem: não haverá o rompimento do PT com o PMDB, mas as escaramuças vão se acumulando. Um fator a mais de preocupação para Dilma Rousseff, até porque o presidenciável Aécio Neves (PSDB) tem, vamos dizer assim, várias fontes de interlocução no partido. Não se esqueçam de que, em 2008, houve um flerte explícito entre Aécio e o partido. Numa homenagem a Tancredo Neves no Congresso, naquele ano, o então presidente do Senado, Garibaldi Alves, que hoje é ministro da Previdência, afirmou, dirigindo-se ao agora senador tucano: “Espero que, nas próximas visitas, o senhor não seja mais um convidado especial tão ilustre, mas seja nosso companheiro”. Ao que emendou o deputado Henrique Eduardo Alves, hoje presidente da Câmara: “Posso dizer que o namoro começou, agora se vai dar em casamento, só o tempo dirá”.

Não acredito, insisto, no rompimento da aliança entre o PMDB e o PT, mas é certo que cresce enormemente o contingente de peemedebistas dispostos a experimentar um novo amor.

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