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Presidente chorou ao falar sobre grupo que vai apurar crimes cometidos durante a ditadura

Tinha me destinado a fazer apenas um breve comentário sobre a instalação da Comissão da Verdade. Mas o texto começou a render, hehe. Então fiquem com a reportagem de Laryssa Borges, da VEJA Online. No próximo post, a minha análise do evento. Não demora. Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de Instalação da Comissão Nacional da […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 08h50 - Publicado em 16 Maio 2012, 17h29

Tinha me destinado a fazer apenas um breve comentário sobre a instalação da Comissão da Verdade. Mas o texto começou a render, hehe. Então fiquem com a reportagem de Laryssa Borges, da VEJA Online. No próximo post, a minha análise do evento. Não demora.

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de Instalação da Comissão Nacional da Verdade, no Palácio do Planalto (Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff empossou nesta quarta-feira, em Brasília, os sete integrantes da Comissão Nacional da Verdade, grupo de trabalho que irá apurar violações de direitos humanos durante a ditadura militar, entre os anos de 1946 e 1988. Com voz embargada, a presidente negou que o colegiado busque “revanchismo” ou a possibilidade de “reescrever a história”. Ex-integrante da organização clandestina VAR-Palmares, a presidente se emocionou ao relembrar os “sacrifícios humanos irreparáveis” daqueles que lutaram pela redemocratização do país, mas reconheceu a importância da Lei da Anistia, de 1979, que trouxe o Brasil de volta aos governos democráticos. “São 28 benditos anos de regime democrático”, salientou.

“Ao instalar a Comissão Nacional da Verdade não nos move o revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de forma diferente do que aconteceu, e sim a necessidade imperiosa de conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamentos, sem vetos. É a celebração da transparência da verdade de uma nação que vem trilhando um caminho da democracia. O Brasil deve render homenagens a mulheres e homens que lutaram pela revelação da verdade histórica. O direito à verdade é tão sagrado quanto o direito de famílias de prantear pelos seus entes queridos”, resumiu Dilma. “Reverencio os que lutaram contra a truculência ilegal do estado e também reconheço e valorizo os pactos políticos que nos levaram à redemocratização”, disse ela.

O simbolismo da cerimônia de instalação da Comissão da Verdade foi marcado pela presença dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney, além de parentes de desparecidos políticos e dos ex-ministros da Justiça Fernando Lyra, Aloysio Nunes Ferreira, Renan Calheiros e José Carlos Dias, este último integrante do colegiado que irá apurar os abusos cometidos durante os anos de exceção.

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“A ignorância sobre a história não pacifica. Pelo contrário, mantêm latentes mágoas e rancores. A desinformação não ajuda a apaziguar. O Brasil merece a verdade, as novas gerações merecem a verdade, merecem a verdade factual também aqueles que perderam amigos e parentes. O Brasil não pode se furtar a conhecer a totalidade de sua história. Se tem filhos sem pais, túmulos sem corpos, nunca pode existir uma história sem voz”, disse a presidente.

A Comissão Nacional da Verdade será composta pelo ex-procurador-geral da República, Claudio Fonteles, pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gilson Dipp, pelo ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias, pela psicanalista Maria Rita Kehl, pelo advogado José Paulo Cavalcanti Filho, pelo diplomata Paulo Sergio Pinheiro e pela advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha, que chegou a defender Dilma durante os anos de ditadura. Ao comentar a escolha do grupo, a presidente negou ter utilizado critérios pessoais e garantiu liberdade de investigação ao recém-empossado grupo.

“Ao convidar os sete brasileiros que aqui estão não fui movida por critérios pessoais ou avaliações subjetivas. Escolhi um grupo plural de cidadãs e cidadãos de reconhecida sabedoria e competência, sensatos e ponderados e preocupados com a justiça, capazes de entender o trabalho que vão executar, trabalho que vão exercer com toda liberdade, sem qualquer interferência do governo, mas com todo o apoio que necessitarem”, relatou a presidente.

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