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Polícia vê contradições em depoimentos de assassino de Glauco e motorista

Por Eduardo Roberto, no Estadão Online: Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 17, o delegado Archimedes Cassão Veras Júnior, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil de Osasco, afirmou que o depoimento de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas, e de Felipe de Oliveira de Iasi, que levou o […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h43 - Publicado em 17 mar 2010, 21h34

Por Eduardo Roberto, no Estadão Online:
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 17, o delegado Archimedes Cassão Veras Júnior, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil de Osasco, afirmou que o depoimento de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas, e de Felipe de Oliveira de Iasi, que levou o amigo ao local do crime, ainda tem pontos duvidosos. Segundo ele, os dois serão indiciados após as versões serem confrontadas com os laudos técnicos — rastreamento do sinal do celular de Nunes e do carro de Iasi.
A polícia apresentou um mapa do sinal do celular do assassino, que indica seu deslocamento. De acordo com os dados, o assassino teria ido em direção à área urbana de Osasco logo após matar Glauco. Nunes se deslocou cerca de 9 quilômetros em 10 minutos, o que contraria a versão de que ele teria se refugiado em um matagal, alegada em depoimento. Segundo essas informações, Nunes também teria voltado pelo menos duas vezes para as proximidades de onde o crime foi praticado.

A versão de Iasi também teria problemas. Segundo o delegado, ele fugiu de carro do local do crime imediatamente após Nunes entrar na casa do cartunista, mas afirma que só tomou conhecimento do incidente no dia seguinte, após ler uma notícia na internet. Para a polícia, fica a dúvida de por que Iasi não acionou a polícia após a fuga. Em seu depoimento, o assassino inocentou o amigo.

CRIME
De acordo com a versão sustentada durante depoimento, Nunes teria travado um diálogo com a vítima relacionando pessoas conhecidas com personagens bíblicos enquanto estava na casa, pouco antes de cometer o crime. Porém o assassino teria caindo em si – e efetuado os disparos – quando percebeu que Iasi teria fugido. A polícia também está averiguando se Iasi teria ou não testemunhado o crime.

CAPTURA
Na terça-feira, Nunes disse que matou o cartunista e seu filho porque teve uma “inspiração divina”, afirmou Veras Júnior ao Jornal da Tarde. Segundo ele, o estudante parecia “desequilibrado” e disse ser um “profeta.” Ele foi preso no último domingo, quando tentava fugir para o Paraguai pela Ponte da Amizade em um carro roubado.

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Para o delegado, o estudante aparentou ser perigoso, alterou-se durante seu depoimento e dá a impressão de que não pode ser contrariado. Ele disse ainda que Nunes tem o perfil de psicótico, é extremamente inteligente, detalhista e repara em tudo. Ao ser ver, o fanatismo religioso pode ter levado o assassino a abandonar os estudos por repetidas vezes.

PUNIÇÕES
Ao todo, Nunes deverá responder por nove crimes. Em São Paulo, ele deve ser indiciado por duplo homicídio doloso (pena máxima de 30 anos para cada morte), tentativa de homicídio, lesão corporal dolosa e roubo. Já no Paraná, o estudante vai responder a processo de tentativa de homicídio, resistência à prisão, porte ilegal de arma e porte de entorpecentes.

O papel de Felipe Iasi ainda será investigado pela polícia e, dependendo das informações levantadas, poderá ser indiciado como participante do crime ou por favorecimento pessoal, no caso de ter ajudado Nunes a fugir. A polícia classifica como remota a possibilidade de Iasi ter sido co-autor dos assassinatos.

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