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Podcast: se parlamentares queriam fato determinado para a CPI do Apagão Aéreo, Diogo oferece um. Escandaloso. Alô, Celso Mello…

Painel de Brennand no Aeroporto de Recife: não é a obra que está em debate Atenção, leitor amigo. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, presidida por um certo Leonardo Picciani (PMDB-RJ), recomendou o arquivamento do pedido da CPI do Apagão Aéreo (que chegaria aos contratos feitos pela Infraero) porque não viu no requerimento […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h36 - Publicado em 22 mar 2007, 20h25
Painel de Brennand no Aeroporto de Recife: não é a obra que está em debate
Atenção, leitor amigo. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, presidida por um certo Leonardo Picciani (PMDB-RJ), recomendou o arquivamento do pedido da CPI do Apagão Aéreo (que chegaria aos contratos feitos pela Infraero) porque não viu no requerimento um “fato determinado”. O plenário da Câmara, por 308 votos a 141, endossou o parecer da CCJ. Queriam fatos determinados, não é? Pois Diogo Mainardi oferece aos valentes um deles, escandaloso na sua evidência. Está no Podcast, que vai ao ar logo mais. Reproduzo abaixo, em azul, um trecho. Volto em seguida:

Francisco Brennand é um dos maiores artistas brasileiros. É conhecido por suas esculturas em forma de falo. Melancolicamente, um dia ele poderá ser conhecido apenas como sogro de Carlos Wilson.“Carlos Wilson é um deputado petista. Foi presidente da Infraero no primeiro mandato de Lula. Desde que o TCU passou a esquadrinhar as contas da Infraero, seu nome é associado à suspeita de irregularidades nas reformas dos aeroportos.Carlos Wilson é casado com Maria Helena Brennand, filha de Francisco Brennand. Além de ser um grande escultor, Francisco Brennand é dono da Oficina Brennand, que produz azulejos e pisos de cerâmica. Os azulejos e pisos de cerâmica da Oficina Brennand foram usados na reforma do aeroporto de Recife. Foram usados também nas reformas dos aeroportos de Maceió e de Congonhas.Isso significa o seguinte: Carlos Wilson passou o dinheiro da Infraero às empreiteiras que, por sua vez, o repassaram à empresa da família de Carlos Wilson. O PT enterrou a CPI dos aeroportos com o argumento de que faltava um fato determinado. Se o que eles queriam era um fato determinado, aí está. O PT terá de inventar outra mentira.(…)O gerente da Oficina Brennand, Alexandre Fernandes, lembrou que o vínculo do artista com a Infraero é muito anterior à entrada de Carlos Wilson na autarquia. Ele se referia ao fato de, em 1958, Francisco Brennand ter feito um monumental painel cerâmico para o aeroporto de Recife, uma das principais atrações turísticas da cidade, com aqueles seus camponeses tocando flauta e plantando bananeira. Como nunca é demais, porém, depois que Carlos Wilson assumiu a Infraero o acervo do aeroporto foi enriquecido com mais algumas obras de seu sogro.” Para ouvir o podcast, clique aqui.VolteiÉ isso aí. É assim que eles agem mesmo quando as relações comerciais e familiares, o público e o privado, se misturam de forma tão evidente, tão flagrante, tão inegável, tão escancarada, tão à luz do sol. Imaginem, então, o que não se vai criando nas sombras, nas relações nem tão evidentes, nos laços nem tão diretos.O fato é que o TCU aponta irregularidades na reforma de nada menos do que sete aeroportos, todos tocados pela Infraero, sob o batuta de Carlos Wilson. Rejeitado pelo PTB, imaginem, ele acabou indo parar no PT.Isso me faz lembrar uma nota que postei aqui há dias, ao lembrar que gente como Paulo Maluf, Fernando Collor e Augusto Farias, irmão de PC Farias, são hoje todos aliados de Lula. Afirmei então que esses caras correm um risco: podem ter a sua notória reputação piorada pela convivência com os petistas.Ah, sim: o podcast de Diogo termina assim: “Na segunda-feira, de acordo com a repórter Renata Lo Prete, Carlos Wilson deu uma gravata Salvatore Ferragamo a José Dirceu como presente de aniversário. Os petistas se entendem. Eu é que me recuso a entendê-los.”É o país em que alguns tocam flauta, enquanto outros plantam bananeira.Com a palavra, Celso Mello, ministro do STF.


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