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PMDB do Rio dá o troco ao PT, que o traiu de forma miserável

Pois é… O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), conseguiu fechar uma aliança com o PSDB, do presidenciável Aécio Neves. E fez muito bem. É uma resposta consequente ao comportamento do PT no Rio, que, não há outra palavra, traiu seu aliado no Estado e optou pelo voo solo, com o senador Lindbergh Farias, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h37 - Publicado em 23 jun 2014, 17h14

Pois é… O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), conseguiu fechar uma aliança com o PSDB, do presidenciável Aécio Neves. E fez muito bem. É uma resposta consequente ao comportamento do PT no Rio, que, não há outra palavra, traiu seu aliado no Estado e optou pelo voo solo, com o senador Lindbergh Farias, que vai concorrer ao governo.

Que fique claro: o principal alvo do candidato petista no Estado é a gestão de Sérgio Cabral, considerado um aliado incondicional — e foi mesmo — até outro dia. É curioso: o PT reclama do comportamento de Eduardo Campos, que já foi ministro de Lula e agora dá combate a Dilma nas eleições. É mesmo? E o que os petistas fizeram com o PMDB no Rio? Ora, o PT permaneceu com cargos no governo do Estado por mais tempo do que Campos no governo federal. Não só isso: o candidato do PSB não terá, por óbvio, o tempo do PT, mas o PT terá o tempo nacional do PMDB.

A resposta é, sim, bem dada. O PT, e isto não é segredo para mim, não costuma dar muita atenção às necessidades de seus aliados; trata-os como expressões de segunda grandeza e não está nem aí. Se achar que é hora de rifá-los, rifa-os sem pestanejar. E foi o que fez com Cabral, o político brasileiro que mais sofreu com as manifestações iniciadas em junho do ano passado. Seu comportamento pessoal, em muitos aspectos, convenham, não ajudou — a começar pelo uso que dava ao helicóptero oficial, passando, antes, pela dança do guardanapo. E vai por aí. Mas não é menos evidente que sua gestão não justifica o massacre pelo qual passou.

O PT colaborou para isso. Quando menos, negou-se a se comportar como força de contenção. Ao contrário: liberou as bases no Rio — que não são grandes, mas são barulhentas — para o “Fora Cabral”. Em nenhum momento, NUNCA!, os petistas condenaram, por exemplo, a violência das manifestações. Ao contrário: o partido assistiu ao circo pegando fogo de olho na eleição de outubro próximo.

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Ora, se o PT decidiu cuidar de seu próprio interesse, por que o PMDB não podia fazer o mesmo? Aconteceu um lance inesperado na política local: Sérgio Cabral decidiu retirar sua candidatura ao Senado (estava em primeiro nas pesquisas), abriu mão em favor de Cesar Maia (DEM), e se fez o acordo, então, com o Democratas e os tucanos. O acordo com o PSB já havia sido selado.

É “suruba partidária” ou “bacanal”, como já se disse por aí? É, sim. Mas o governo federal, por acaso, pratica algo mais moral e decente do que isso? Não parece, não é? Faz-se de outro modo nos outros Estados? Não. É claro que o sistema está chegando à esclerose. Eu, por exemplo, lá no passado remoto, em 2006, fui favorável à chamada verticalização, que impedia essa bagunça. Decisão do TSE, que valeu para aquele ano, obrigava os partidos a reproduzir nos Estados a aliança nacional. Mas o Congresso a derrubou.

Por outro lado, cumpre notar: com a facilidade que tem o governo federal para comprar — literalmente — o apoio de partidos, distribuindo, em troca, cargos na administração federal e nas estatais, a não-verticalização impede a formação do PUP: o Partido Único do Poder.

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