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Planalto está pessimista com Padilha. Ou: Os “moralmente progressistas” e “moralmente conservadores”…

O Palácio do Planalto está pessimista com o desempenho de Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo. Na mais recente pesquisa Datafolha, ele aparece com 3% ou 4% das intenções de voto, a depender do cenário. É certo que ainda vai crescer. A questão é saber se dá para ganhar, coisa na qual […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h42 - Publicado em 9 jun 2014, 06h25

O Palácio do Planalto está pessimista com o desempenho de Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo. Na mais recente pesquisa Datafolha, ele aparece com 3% ou 4% das intenções de voto, a depender do cenário. É certo que ainda vai crescer. A questão é saber se dá para ganhar, coisa na qual os petistas não estão acreditando muito. Não custa lembrar que o ex-ministro da Saúde é o pré-candidato por vontade e determinação de Lula. Depois da eleição de Fernando Haddad como prefeito, o chefão petista ficou um pouco mais arrogante do que já era e acha que, de fato, elege quem quiser.

A Folha desta segunda traz uma reportagem a respeito do desconsolo do Planalto. E há lá o registro de uma fala de um petista que dá o que pensar. Já chego a ela. Antes, algumas outras considerações.

O PT apostava suas fichas em Padilha e achava que ele tinha uma imagem pública que poderia rivalizar com a do governador Geraldo Alckmin, do PSDB: ambos são médicos, têm origem na classe média e são vistos como homens moderados e de fala mansa etc. Ocorre que a receita do petismo desandou. A gestão Padilha no Ministério da Saúde foi varrida pelo furacão Alberto Youssef. Por mais que o pré-candidato queira negar, a sua gestão aparece perigosamente perto de algumas lambanças feitas pelo doleiro. Foi sob as bênçãos de Padilha que o Labogen, um laboratório de fachada que servia para a lavagem de dinheiro, celebrou um acordo para a produção de medicamentos. O então ministro serviu de testemunha. Isso é fato, não boato.

A imagem do partido no Estado também está arranhada pelo deputado estadual Luiz Moura, um queridinho da cúpula paulista do PT — afilhado político de Jilmar Tatto, secretário de Transportes da capital — que foi flagrado numa reunião a que compareceram membros do PCC na qual se tramavam novos ataques a ônibus. Neste fim de semana, ficamos sabendo que um sujeito chamado Herivaldo Santos foi nomeado como assessor da Diretoria de Marketing da SPTrans, a empresa pública que gerencia o serviço de transportes coletivos em São Paulo. Muito bem! E quem é esse Herivaldo? Trata-se de um ex-assessor e amigo do vereador Senival Moura, também petista, irmão de Luiz Moura e igualmente ligado às polêmicas cooperativas de perueiros. Até aí, tudo bem! Ocorre que o rapaz é réu num processo por receptação de carga roubada.

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Nada nisso, em suma, contribui para a reputação do PT, não é? Sempre lembrando que estamos falando de fatos, não de boatos. No começo do artigo, referi-me a uma fala intrigante de um petista. À reportagem da Folha, ele diz que esses acontecimentos acabam pesando contra o PT porque os paulistas são “moralmente conservadores”. Ah, entendi agora por que o petismo anda enrolado com Alberto Youssef e com o deputado que foi a uma reunião com membros do PCC: é que essa turma é moralmente “progressista”, né? Ser moralmente progressista, agora, é ser amigo de Luiz Moura, de Alberto Youssef e, parece, comparecer a encontros com membros do PCC.

Mas lembro que o PT ainda pode ter esperanças, não é? Afinal, Padilha é agora um aliado de Paulo Maluf, já posou para fotografias a seu lado e o chama de “Dr. Paulo”. Como a gente vê, os petistas contam com Maluf para conseguir a sua recuperação moral.

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