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Pimentel recebeu R$ 14,5 mi de propina da Odebrecht e OAS, diz Bené

Delator relatou aos investigadores da Acrônimo que os recursos ilícitos financiaram a campanha do petista ao governo mineiro

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h34 - Publicado em 7 jun 2016, 14h19

Em acordo de delação premiada, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, afirmou aos investigadores da Operação Acrônimo que as empreiteiras Odebrecht e OAS pagaram 14,5 milhões de reais em propina ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada nesta terça-feira, Bené disse que as tratativas com a Odebrecht começaram em maio de 2013, quando a empresa indicou que estaria disposta a financiar a campanha do petista ao governo mineiro no ano seguinte.
De acordo com o delator, Pimentel pediu que o acerto ficasse entre 20 milhões de reais e 25 milhões de reais, diante das demandas da empreiteira no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Odebrecht, porém, só autorizou o repasse de 12 milhões de reais. O pagamento de 11,5 milhões de reais foi feito em espécie em hotéis de São Paulo, entre junho de 2013 e junho de 2014. Para efetuar o pagamento, era acertado o uso de senhas com nomes de árvores e plantas. O então presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, precisava dar o aval ao interlocutor da empreiteira, de acordo com o depoimento de Bené.
O delator foi avisado de que a OAS iria participar do financiamento da campanha de Pimentel no início de 2013. A questão foi tratada com o próprio governador, segundo o empresário, que explicou que a medida seria contrapartida por ter intermediado um interesse da empreiteira na construção de um gasoduto no Uruguai. Informado de que a empreiteira queria pagar 3 milhões de reais, Pimentel pediu que o repasse chegasse a 5 milhões de reais – proposta que não foi aceita pela OAS, que manteve o valor inicial. Bené disse que participou da definição do cronograma de pagamento dos valores, que seria feito em seis datas e que outros interlocutores assumiram as negociações.
Bené também afirmou que Pimentel “participou e o incumbiu de arrecadar contribuições para o caixa dois da campanha ao governo” e “tinha ciência de que os valores arrecadados e as despesas da campanha eleitoral de 2014 foram globalmente subfaturados na prestação de contas” da Justiça Eleitoral. A campanha de Pimentel declarou que arrecadou 53,4 milhões de reais e gastou 52,1 milhões de reais. Bené estima as despesas em 80 milhões de reais, segundo a reportagem.
A delação de Bené foi homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Pimentel já é réu na corte por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.
Ao jornal, o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, afirmou que as informações da delação de Bené são “absolutamente falsas” e que demonstram “desespero de quem está disposto a alimentar o imaginário acusatório e de prévia condenação que assola o Brasil”. No texto, a defesa também diz que o petista jamais cometeu qualquer irregularidade enquanto esteve à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Procuradas, as assessorias das empreiteiras Odebrecht e OAS não se manifestaram.

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