Petrobras descarta reajustes automáticos de combustíveis
Na VEJA.com: A aplicação de reajustes aos preços de combustíveis não será automática como resultado da política de preços aprovada no fim da semana passada pelo Conselho de Administração da Petrobras, informou a estatal nesta quarta-feira. Em esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras disse ainda que a metodologia para estabelecer o valor […]
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A aplicação de reajustes aos preços de combustíveis não será automática como resultado da política de preços aprovada no fim da semana passada pelo Conselho de Administração da Petrobras, informou a estatal nesta quarta-feira. Em esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras disse ainda que a metodologia para estabelecer o valor de venda da gasolina e do diesel “contém parâmetros baseados em variáveis como preço de referência dos derivados no mercado internacional, taxa de câmbio e ponderação associada à origem do derivado vendido, se refinado no Brasil ou importado”. “A metodologia estabelece bandas de reajuste, conferindo à diretoria executiva poder discricionário à luz da dinâmica dos mercados doméstico e internacional”, acrescentou a empresa.
A dúvida em relação a como serão os aumentos dos combustíveis no ano que vem fez com que as ações da Petrobras caíssem cerca de 10% no começo da semana. Os investidores ficaram decepcionados com a decisão da empresa de não divulgar detalhes de sua nova política de preços e com o aumento dos combustíveis aquém do estimado. As ações chegaram a registrar alta no início da manhã desta quarta-feira, mas passaram a registrar leves perdas por volta das 11h30. Na sexta-feira passada, a Petrobras havia dito que, por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação seriam “estritamente internos à companhia”. A companhia também anunciou um aumento de 4% da gasolina e de 8% do diesel nas refinarias, porcentuais que vieram abaixo do esperado por analistas. No documento desta manhã, a Petrobras também refutou especulações sobre a saída da presidente da companhia, Maria das Graças Foster.
A diretoria da Petrobras apresentou ao seu Conselho presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no fim de outubro, uma proposta de metodologia de preços prevendo reajustes automáticos e periódicos de combustíveis. O mecanismo enfrentou forte resistência dentro do governo, por ser visto como uma maneira de indexar a economia e, portanto, pressionar a inflação.
(com agência Reuters)