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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Petralha de “Aquarius” resolveu usar meu nome para faturar uns trocados. Ou: não tomo o feijão do povo para financiar metáforas vagabundas

Cartaz do filme do cineasta que apoia o que chamo de “Conjuração dos Ladrões”  — a turma que diz haver golpe no Brasil — usa opinião deste colunista para tentar atrair esquerdistas para o cinema

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 21h56 - Publicado em 6 set 2016, 04h27

Kleber Mendonça, o diretor do filme “Aquarius”, é mesmo um fanfarrão. É aquele rapaz que faz filme com dinheiro público, viaja à França às expensas do capilé oficial, mantém uma sinecura num órgão federal e, bem…, usa todas essas benesses para difamar o país do exterior e para zombar das instituições democráticas e da vontade de milhões de brasileiros.

Demonstra ainda ter bem pouco apreço pela verdade. Parece mesmo ser um fanático da mentira. Para quem ainda não se lembra: é aquele rapaz que, numa diatribe marqueteira, resolveu denunciar em Cannes um suposto golpe de estado no Brasil. Talento e caráter não andam necessariamente juntos, eu sei. Não chegarei a atestar seu talento. Este texto trata do caráter. Mendonça integra a trupe dos que decidiram apoiar o que passei a chamar de “Conjuração dos Ladrões”. Ou que nome tenha o movimento em defesa dos assaltantes da Petrobras e da institucionalidade.

Pois bem! O diretor de “Aquarius” resolveu usar o meu nome para fazer propaganda do seu filme. Se eu quiser, é claro que ele tem de parar, uma vez que não dei aval para ele fazer comércio com a minha opinião. Mas é certo que não farei nada. Na verdade, estou honrado com a deferência. Sempre que um gigante moral desse naipe resolve me hostilizar, sinto-me confortado. O que fez o petralha? Vejam o cartaz de divulgação do filme:

AQUARIUS

Como se nota, o rapaz tenta ser uma espécie de herói das esquerdas. Exibe, num cartaz publicitário, opiniões favoráveis a seu filme de Pedro Butcher, na “Folha”, segundo quem o diretor (suponho) exibe um “domínio absurdo do cinema”. Não vi a obra nem conheço Butcher, mas eu não chamaria de “absurdo” nem o talento de Fellini.

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Francisco Russo, do site “Adorocinema”, disse ser “um filme marcante e necessário”. Marcante? Pode ser. Eu, que gosto de lógica, digo que nem “Os Lusíadas” são um “poema necessário”. Explico-me: um Chicabon é marcante. A água é necessária. Mas o Mendonça deve ser do tipo que acredita em elogios. O cara houve por bem estampar na tal peça publicitária também uma frase de minha autoria, a saber: “O dever das pessoas de bem é boicotar Aquarius”. E aparece o crédito: “Reinaldo Azevedo, revista Veja”.

É mentira! Isso não saiu na “revista Veja”. É tão mentiroso como dizer que houve um golpe no Brasil. Isso é trecho de um texto do meu blog e de um comentário no programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan. E, como resta claro, não se trata de um juízo estético, mas de uma reação política à manifestação também política em Cannes. Não vi a estrovenga. Se visse, é bem provável que detestasse. Tudo indica tratar-se de uma daquelas manifestações liofilizadas de baixo proselitismo político, disfarçadas de draminha existencial. E tudo feito, claro!, com o nosso dinheiro.

Entendo que o tal sinta certo orgulho de eu ter dado um cacete nele. Afinal, sou quem sou. Não posso dizer o mesmo em relação à atenção que ele me dispensa porque, afinal, ele é quem é. Mas a atitude, incluindo a mentira sobre o local da publicação, expõe o caráter desses cortesãos do regime, estejam eles pendurados nas tetas do governo ou não.

Não me intimidam
Essa gente deve achar que me importo com isso. Ah, mas não mesmo! Nunca tive tanta companhia como hoje. Difícil, quase solitário, era combater os petralhas em 2001, 2002, antes ainda de chegarem ao poder. Mais duro ainda foi a partir de 2003, quando passaram a dispor do estado e a usá-lo a serviço da perseguição e da patrulha. E sobrevivi. Tive, e tenho, quatro empregos no setor privado. E com o PT no poder. E tenho dispensado convites. À diferença de Kleber Mendonça, não alimento o meu “talento” nas tetas do estado. Gero impostos e riqueza para os pobres brasileiros. Não roubo o dinheiro do arroz, do feijão e da farinha dos miseráveis para produzir metáforas vagabundas.

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Ele se orgulha dos 55 mil espectadores do filme? Pfuiii… Neste blog, tenho uma audiência 10 vezes maior por dia, com picos que passam do dobro disso. No rádio, são muitos milhões todos os dias. Arrecadando impostos para os cofres públicos, muita gente sabe quem sou. Mas os brasileiros ignoram quem é o cineasta sorrateiro que lhes enfia a mão no bolso para sustentar seu pequeno talento. Se eu fosse o Kleber Mendonça do jornalismo, estaria escrevendo na Semanário de Xiririca da Serra e ainda tomando as galinhas dos pobres. É assim que enxergo o uso do dinheiro público para financiar “artistas” dessa estirpe.

Cinquenta e cinco mil? Por enquanto, é coisa mixuruca. Espero que todos os esquerdistas do Brasil assistam a esse troço. Quem sabe os cofres públicos possam ser ressarcidos, não é? Se eu puder colaborar, ótimo! Mais uma vez, Mendonça será aquele que tira dinheiro do povo, e eu, o que arrecada dinheiro para o povo.

Para encerrar: deve ser chato ter de depender, assim, da opinião negativa de estranhos, né?

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