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Petralha comemora homicídios em SP; demonstro com dados que estado e sua capital apresentam os melhores números do país

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou números sobre a violência no Estado e na capital. A petralhada se diverte como sabe se divertir um petralha na lama ou no lixo. Por quê? Houve um aumento do número de homicídios e latrocínios no primeiro semestre deste ano na comparação com o primeiro semestre […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 08h18 - Publicado em 26 jul 2012, 07h37

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou números sobre a violência no Estado e na capital. A petralhada se diverte como sabe se divertir um petralha na lama ou no lixo. Por quê? Houve um aumento do número de homicídios e latrocínios no primeiro semestre deste ano na comparação com o primeiro semestre do ano passado. A delinquência militante — que ignora também a matemática, ou finge ao menos — está comemorando: “Houve aumento, houve aumento!!!” E escrevem pra cá alucinadamente: “Os números desmentem você (petralha ainda não descobriu o pronome oblíquo…)”. Desmentem uma ova! Ao contrário. Os números provam o que tenho evidenciado aqui.

Vamos primeiro ao que está servindo para que os setores da imprensa que odeiam a Polícia e São Paulo façam alarde. Os homicídios dolosos na capital passaram de 482 para 585 do primeiro semestre do ano passado para o primeiro semestre deste; os latrocínios (roubos seguidos de morte da vítima), de 53 para 55. Em todo o estado, o número de homicídios dolosos subiu, na mesma comparação, de 2014 para 2183; no caso dos latrocínios, caiu de 176 para 174. De saída, faço uma observação: os casos que costumam gerar grande intranquilidade são os latrocínios. Notem que o número é praticamente estável — no total, houve até queda. Mas o que importa, sei, é a sensação de insegurança. Adiante.

No caso dos homicídios dolosos, houve, sim, aumento. Será essa uma tendência? O tempo vai dizer. Quero chamar a atenção de vocês para um fato importantíssimo.

Digamos que os números do primeiro semestre, que parecem estar no pico (vamos ver), se repitam no segundo: chegaremos ao fim do ano com 4366 homicídios dolosos e 348 latrocínios. Juntarei os dois (como faz o Mapa da Violência): 4714 assassinatos dolosos no ano.

O Estado de São Paulo tem 41.250.000 habitantes — ou 412,5 grupos de 100 mil habitantes. No mundo inteiro, um dos índices de violência é aquele que se mede por 100 mil habitantes. São números do Censo de 2010; hoje, deve haver mais do que isso. Mas fiquemos por aí. A conta é simples: dividam aqueles 4714 por 412,5: são 11,42 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. É claro que é um número alto. Estudos da ONU apontam que a violência deixa de ser epidêmica se esse número cai abaixo de 10: nos EUA, é 5; na Grã-Bretanha, 5,4. No Japão, abaixo de um. Há muito a ser feito.

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Ocorre que esse número continua a fazer com que o estado e a capital de São Paulo estejam entre os lugares em que menos se mata no Brasil. Se as demais unidades não melhorarem seus números, ficarão em último lugar nesse ranking incômodo. Vejam, de novo, o quadro do Mapa da Violência com dados de 2010. Notem: caso se confirmem esses números, a marca de 2012 será ainda melhor do que a de 2010. Para que se tenha precisão absoluta: a base de dados do Mapa da Violência não é a mesma da Secretaria de Segurança Pública, mas os números são próximos. Vejam de novo o quadro:

Encerro, mas volto depois
Não! Não estou num esforço para demonstrar que todos estão errados, e eu, certo. Apenas estou demonstrando que opero com números, com informações objetivas. E, é claro!, não participo da chicana para tentar desmoralizar a Polícia de São Paulo.

Texto publicado originalmente às 20h08 desta quarta
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