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Palocci, seu discursinho e a lhaneza como pecado

Antônio Palocci está de volta ao debate, como se viu em matéria publicada no domingo pelo Estadão. É candidato à Câmara Federal e traz consigo uma listinha com dez propostas — a autonomia do Banco Central está entre elas. Está escolhendo o seu eleitorado. Em entrevista à rádio CBN, de Ribeirão Preto, resolveu repetir uma […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 23h22 - Publicado em 1 ago 2006, 00h16
Antônio Palocci está de volta ao debate, como se viu em matéria publicada no domingo pelo Estadão. É candidato à Câmara Federal e traz consigo uma listinha com dez propostas — a autonomia do Banco Central está entre elas. Está escolhendo o seu eleitorado. Em entrevista à rádio CBN, de Ribeirão Preto, resolveu repetir uma das bobagens ditas por seu chefe, Lula. Disse preferir bancos lucrativos a ter de socorrê-los com bilhões do Tesouro, como no caso do Proer. Se indagado firmemente, com aquele seu jeitinho de quem nunca quer ser doloso, dirá que foi apenas referencial, uma vez que o socorro aos bancos, de fato, aconteceu. Aos bancos, não. Aos correntistas. Bancos quebraram e foram vendidos no período. Sobreviveu quem tinha meios para isso. E a crise bancária não foi fabricada por FHC. Ao contrário: ele a equacionou. Palocci sabe que isso é fato, não julgamento. Já escrevi e repito: FHC chegou ao poder, e seus netos eram herdeiros de um banco. Ele saiu do poder, e seus netos eram uns sem-banco. Lula chegou ao poder, e um de seus filhos tinha sido, havia pouco tempo, monitor de Jardim Zoológico. Lula chega ao quarto ano de mandato, e esse mesmo filho já é um milionário. E, aqui também, não há juízo de valor. Só fatos. Palocci segue adiante com a sua ladainha, dizendo-se vítima de duas tempestades: a econômica, que teria equacionado, e a política — coloca-se como vítima e diz não guardar rancor. Bem, se rancor guardasse, não seria das oposições, que lhe dispensaram o tratamento reservado a um príncipe. Palocci foi muito maltratado pelos amigos: Rogério Buratti, por exemplo, disse dele cobras e lagartos. Acusou-o de receber mensalão de empreiteira quando prefeito. Sustentou que o pagamento continuou a ser feito mesmo depois de ministro; implicou-o diretamente na chamada Casa do Lobby, em Brasília. E Palocci fez o quê? Nada! É um homem tão sem mágoas, que nem mesmo um processozinho abriu contra o seu acusador. Lhaneza demais, nesse caso, tem cheiro de pecado. E nada disso o derrubou. Só caiu quando suas digitais foram identificadas num caso de violação de sigilo bancário. Ficamos assim: Palocci defende a autonomia do Banco Central, e eu defendo a autonomia dos indivíduos diante de um Estado policial.

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