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Os tucanos têm de estar no governo Temer; é questão de responsabilidade

Ficar fora de um eventual governo Michel Temer, a meu ver, caracteriza uma omissão digna do pior petismo de 1992, que se negou a integrar o governo Itamar Franco, passando o seguinte recado: “Derrubamos, mas não temos nada com isso”. Ah, têm, sim!

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h55 - Publicado em 25 abr 2016, 05h00

Quem me conhece sabe que sou de uma franqueza que pode parecer agressiva, mas que é apenas meu jeito de ser sincero. Quem derruba ajuda a governar. Acho inaceitável a postura dos tucanos que dizem que é preciso dar apoio a um eventual governo Michel Temer no Congresso, mas sem aceitar cargos. É mesmo? Por que tanto desapego?

Qualquer que seja a razão, é inaceitável. Entre os tucanos, consta, há o temor de que um eventual insucesso contamine o partido para a disputa em 2018. Espero que seja uma desculpa falsa porque ela me parece de tal sorte covarde que chega a ser indesculpável: quer dizer que o Brasil pode arcar com um suposto “Risco Temer” — que risco não é —, mas não o PSDB?

Entre os tucanos, não é segredo pra ninguém, o mais “ministeriável” é o senador José Serra (SP), só não se sabe para que pasta. Há especulações para todos os gostos. De todos os tucanos de alta plumagem, é com quem tenho mais diferenças ideológicas, embora lhe reconheça talentos vários. Acho que deveria estar num eventual governo Temer.

Também não é segredo, vamos ser claros, que ele não aposentou suas ambições presidenciais, que embalam, por motivos compreensíveis, também o governador Geraldo Alckmin (SP) e o senador Aécio Neves (MG). Espero que não seja esse o fator a pesar na balança. Até porque o PSDB precisará definir se não quer fornecer quadros ao governo porque teme que isso prejudique o partido ou se acha que isso seria um fator catalisador de candidaturas.

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Não dá para ficar administrando o imponderável. De maneira que considero até injusta, o PSDB amarga a reputação de não ter sido firme o bastante no combate ao petismo. Se, de fato, hesitou, num primeiro momento, a aderir ao impeachment, a partir do ponto em que as ruas se impuseram, o partido aderiu à tese com a energia necessária. Mas sobreviveu a impressão, que precisa ser desfeita, de que foi frouxo.

Ficar fora de um eventual governo Michel Temer, a meu ver, caracteriza uma omissão digna do pior petismo de 1992, que se negou a integrar o governo Itamar Franco, passando o seguinte recado: “Derrubamos, mas não temos nada com isso”. Ah, têm, sim!

Temer se encontrou na noite deste domingo com José Serra. Se a conversa é só pessoal ou diz respeito ao partido, não se sabe. Uma coisa é certa: essa não é hora, não ainda, de os tucanos organizarem a sua fila. Agora é hora de pensar na governabilidade. E ponto.

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