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Os mistérios também técnicos do avião que está desaparecido. Crescem indícios de uma ação terrorista

Gonçalo Osório, leitor habitual deste blog, é especialista em muita coisa, inclusive aviões. E me manda a seguinte mensagem. Volto em seguida: Rei, eu sei que você detesta avião, por isso vão aqui algumas coisas intrigantes para quem não gosta de avião. 1) Todo bicho desse porte (imagine: 350 toneladas de peso de decolagem, dependendo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h17 - Publicado em 11 mar 2014, 06h30

Gonçalo Osório, leitor habitual deste blog, é especialista em muita coisa, inclusive aviões. E me manda a seguinte mensagem. Volto em seguida:

Rei,
eu sei que você detesta avião, por isso vão aqui algumas coisas intrigantes para quem não gosta de avião.

1) Todo bicho desse porte (imagine: 350 toneladas de peso de decolagem, dependendo do modelo) tem uma coisa chamada ELT — emergency locator transmiter. Como o nome em inglês diz, é um sinal de rádio de emergência, que é acionado sem interferência do piloto e que pode ser captado por outros aviões, navios e satélites. Ninguém captou nada. Como assim? O ELT não funcionou? Não se sabe.

2) Esses aviões ultramodernos têm outra coisa: caixas-pretas que “falam”. Depois de um acidente, elas transmitem também um sinal, que aviões como esses que os americanos usam para achar submarinos no Mar da China são capazes de captar. Como assim? Ninguém captou nada até agora?

3) O Boeing 777, assim como aquele Airbus da Air France que se acidentou na rota Rio-Paris, dispõe de um treco chamado ACARS (outra sigla em inglês). Para compreensão do leigo, é como a telemetria de carros de Fórmula 1: sensores a bordo detectam tudo o que acontece com motores, equipamentos de navegação, atitude do avião em voo, o escambau, e transmitem a intervalos de segundos essas centenas de informações para o fabricante (a Boeing) e para o operador (a Malaysia). No caso do Air France, por exemplo, sabia-se, durante os sete minutos entre o avião sair da altitude de cruzeiro e se espatifar na água, que várias coisas estavam ocorrendo: não eram defeitos técnicos, mas o ACARS transmitiu a rápida perda de altitude, por exemplo, e as diversas configurações dos computadores de bordo. Cadê as informações do ACARS do B777 da Malaysia? A Boeing e a companhia até agora nada disseram.

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Meu palpite é terrorismo. O pessoal do setor (pilotos, instrutores e chefes de operação de grandes companhias) acha que terroristas de alguma maneira tomaram conta do avião e teriam conseguido, inclusive, interferir na operação do transponder. Muito esquisito mesmo!

Retomo
Pois é… As semelhanças com o caso da Air France vão ficando para trás, e uma outra tragédia vem à memória: o ataque terrorista ao voo 103 da Pan Am, em 21 de dezembro de 1988, que matou 270 pessoas — 259 ocupantes do avião e 11 moradores da pequena Lockerbie, na Escócia, onde caíram os destroços. A aeronave partira de Londres com destino a Nova York.

Terroristas líbios, a mando de Muamar Kadafi, introduziram uma pequena bomba no avião — sim, pequena, escondida numa maleta. Naquela altitude, basta um rombo de pequenas proporções na fuselagem para a aeronave se espatifar no ar.

A Malásia, de onde partiu o avião, é outro celeiro do extremismo islâmico, mas a China, até onde se sabe, não está na mira desse tipo de terrorismo. Chama ainda a atenção a reação irritada da China.

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