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Os idiotas em marcha: do sexo, das ervas, da língua portuguesa. E um filme honesto com e sobre gays

Os idiotas em marcha — sejam os do sexo, da erva ou da língua portuguesa — pensam que me intimidam, estigmatizando o meu pensamento. Uma ova! Eu não desisto facilmente. Escrevi aqui outro dia que o “movimento GLBTTXYZ” está para os homossexuais como a CUT está para o trabalhador — vale dizer, é militância. E […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h50 - Publicado em 30 Maio 2011, 06h35

Os idiotas em marcha — sejam os do sexo, da erva ou da língua portuguesa — pensam que me intimidam, estigmatizando o meu pensamento. Uma ova! Eu não desisto facilmente. Escrevi aqui outro dia que o “movimento GLBTTXYZ” está para os homossexuais como a CUT está para o trabalhador — vale dizer, é militância. E toda militância é meio cega e burra. Só por isso é capaz de produzir e/ou endossar um material didático como aquele que o MEC quase fez chegar a crianças de 11 anos… O lugar de Fernando Haddad é o desemprego.

Exibi outro dia um filme do projeto “It Gets Better” — aquele era com funcionários do estúdio Pixar — que traz depoimentos de homossexuais: pessoas normais, como todos nós, que, num dado momento, descobriram que só poderiam ser felizes com pessoas do mesmo sexo. Sofreram, hesitaram, imprecaram contra os céus, foram à luta e encontraram seu caminho. E estão felizes.  Não há proselitismo. Não há juízo de valor. Não há tentativa de convencer os outros. Não há esforço para assediar moralmente os heterossexuais. São indivíduos que estão no controle da sua vida. Eu não conheço o projeto como um todo. Uma amiga jornalista chamou a minha atenção para o vídeo.

Um leitor me enviou o endereço de uma versão brasileira do “It Gets Better”, dirigido por André Matarazzo e Gustavo Ferri. Eu acho que as escolas têm a obrigação de construir o espaço da tolerância, uma tarefa cotidiana. E não só em relação a diferenças que digam respeito ao sexo. Assim, a homofobia é, sim, um dos temas que podem ser tratados. Se ainda fosse professor, eu levaria o filme abaixo para ser visto por alunos do ensino médio.

Engana-se a canalha que acredita que tenho alguma dificuldade de natureza moral ou religiosa com esse assunto. Até parece que não defendo aqui, e há muito tempo, a união civil de homossexuais e até a adoção de crianças — guardados grandes cuidados, que também devem ser tomados com casais héteros. Apanhei muito por isso. Os textos estão em arquivo. Repudio é que se viole a Constituição porque este ou aquele reclamam. Ela tem de ser mudada, não ignorada.

Repudio é que, sob o pretexto de debater tolerância, se faça propaganda de um ESTILO DE VIDA, que nada tem a ver com a condição sexual. Repudio é que a educação tenha de se vergar à militância política, à militância de gênero, à militância ecológica, à militância da militância…

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Vejam esses depoimentos. Essas pessoas têm noção de que são minoria; estão dizendo, na verdade, aos heterossexuais que elas não escolheram ser O QUE são — porque não é escolha —, mas puderam, sim, como todo mundo, escolher ser QUEM são. Não posso afirmar porque não as indaguei a respeito, mas boa parte ali, acho eu, veria com desdém as tais cartilhas do MEC. Notem que elas tinham, antes de tudo, de resolver uma questão que só dizia respeito a elas próprias. A CUT do sexo não teria nada a lhes dizer.

Esse é um filme que, de fato, presta um serviço à tolerância. Aquela porcaria que o MEC queria entregar aos estudantes era, para não variar, a pregação da tolerância feita por intolerantes. O filme tem 18 minutos. Está aí.

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=HHA-WpPSK4s&w=560&h=349]

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