José Eduardo Dutra, ex-presidente do PT e hoje diretor Corporativo e de Serviços da Petrobras, é um homem de riso fácil. Talvez respondendo à crítica que fiz aqui à eleição de Roberto Azevêdo para diretoria-geral da OMC, escreveu no Twitter:

“Se o brasileiro tivesse perdido seria incompetência do governo . Como ganhou, a OMC é irrelevante. Só rindo!”

Que bom saber que está tudo bem na Petrobras e que Dutra tem tempo de ficar rindo no Twitter. A OMC é, sim, irrelevante para o embate em curso no comércio mundial. Só isso. Dutra deve achar bacana que o Brasil mantenha um único acordo bilateral (com Israel), embora haja 354 em vigência no mundo e 543 já assinados.

Ah, é claro que estou orgulhoso. Se ele quiser, saio por aí tocando caxirola, aquele misto de soco inglês com granada, de Carlinhos Brown. E, não obstante, vai presidir a OMC um dos apóstolos da aposta errada feita pelo Brasil. Dutra há de desculpar meus pudores, mas, em horas assim, sempre me vem à mente a frase de Samuel Johnson sobre o patriotismo.