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Obama é um pateta pautado pelos inimigos dos Estados Unidos

Barack Obama é uma piada. A segurança do mundo depende de um pateta. E da boa-vontade de alguns tipos como Hu Jintao – ou a burocracia cinzenta, de que ele é apenas aquela fachada com os cabelos mais negros do que as asas da graúna (na China e no Maranhão de Sarney e Edison Lobão, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 12h56 - Publicado em 5 fev 2011, 06h11

Barack Obama é uma piada. A segurança do mundo depende de um pateta. E da boa-vontade de alguns tipos como Hu Jintao – ou a burocracia cinzenta, de que ele é apenas aquela fachada com os cabelos mais negros do que as asas da graúna (na China e no Maranhão de Sarney e Edison Lobão, tinta de cabelo é uma tara) e Vladimir Putin. O desempenho do presidente americano na crise egípcia conseguiu ser mais estúpido, amador e precipitado do que o de Jimmy Carter na crise do Irã. Obama é um inexperiente arrogante, que conseguiu convencer boa parte dos EUA e do mundo de que era um gênio. Imagino este senhor na crise dos mísseis cubanos, em 1962. Os soviéticos teriam enfiado um canhão no traseiro dos americanos. E o grande estadista diria: “Viram? Livrei vocês da bomba nuclear”.

Tenha você o juízo que for do que se passa no Egito e no mundo árabe; acredite que se trata da voz da rua árabe, trazida a público pelo Facebook, ou que é a Irmandade Muçulmana fazendo a sua “revolução de veludo” (como acredito), quase sem sangue por enquanto, nem uma coisa nem outra alteram o desempenho bisonho do presidente americano, que entregou um aliado de bandeja logo no primeiro grito. É algo estúpido a se fazer. Melhor seria ter ficado calado, sustentando que, afinal, aquele era um assunto que dizia respeito ao povo egípcio.

Não importa se Hosni Mubarak é um ditador, e ele é; não imposta se Hosni Mubarak é uma pessoa desprezível, e ele é; não importa se Hosni Mubarak é um truculento, e ele é. Mas é o ditador, o desprezível e o truculento dos EUA, ora essa! E um império, mesmo decadente, sustenta seus aliados, ainda que venha a se livrar deles logo depois. Quais eram as chances de o governo egípcio controlar a rebelião se o presidente americano foi a público pedir a sua cabeça?

A propósito: desta feita, não se ouviram as vozes de sempre do antiamericanismo a bradar contra a interferência dos Estados Unidos na realidade interna dos outros países, certo? Dado o andamento das coisas, Obama poderia  – E, MAIS DO QUE ISSO, DEVERIA – se mobilizar para depor Mubarak. Mas não tinha de anunciar isso ao mundo, como fez.

Só que, para tanto, ele precisaria ser, ao menos, um homem de 40 anos . Ele tem 49, mas pertence à geração das pessoas acostumadas ao mundo pop; não é um estadista, é evidente, mas uma mera celebridade, que gosta de falar o que as platéias querem ouvir. É um fraco, como tem demonstrado de modo reiterado. Não faz a agenda; corre atrás daquela que seus inimigos fazem para ele.

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Eu quero que Mubarak arda no mármore do inferno. A questão, rigorosamente, não é essa. Pergunto como andará o espírito de outros aliados dos EUA no mundo árabe agora. E se seus inimigos internos decidirem aproveitar a onda e apostar alguns cadáveres num confronto interno? O Barack sairá gritando, feito um bambi desesperado, “Fogo, fogo na floresta” – ou no “deserto”, pedindo a cabeça de governantes alinhados com os EUA? Tenham paciência. Não faz dois anos, este senhor estava no Cairo lendo a sua mensagem ao Islã, já toda ela eivada de culpas e salamaleques, é bem verdade, como se o mundo islâmico só não fosse melhor por culpa dos EUA e do Ocidente. Bem, seja lá o que for ele, é o que é por responsabilidade dos muçulmanos, evidentemente.

Mas esse é Obama: despreparado, açodado e midiático. E amparado na tarefa, valha-nos Deus!, por Hillary Clinton, a descabelada.  Que Deus seja generoso com o Ocidente e não o coloque numa situação de real confronto com um inimigo perigoso. Obama é daqueles tipo que entrega metade das suas virgens e se jacta de ter preservado a outra metade.

Reitero para que não reste a menor dúvida: fazia parte de seu trabalho cuidar da transição no Egito, mas ele jamais poderia ter entregado a cabeça de Mubarak na bandeja só para posar no retrato. A imprensa democrata dos EUA terá de fazer muito esforço para satanizar os republicanos e garantir a reeleição de Obama. Já está fazendo isso, diga-se. Mas o pateta não ajuda.

E só para deixar registrado: quando Mubarak anunciou que não concorreria às eleições em setembro – nem ele nem o filho -, e seu vice falou em eleições, com a participação da proscrita Irmandade Muçulmana, é claro que essa era a proposta a ser abraçada pelos Estados Unidos. Mas não! O “povo” na praça pediu “saída já”, e o cordeirinho das massas fez eco: “saída já!” Os inimigos de Obama e dos EUA devem rir a valer. Nunca antes na história dos Estados Unidos… De fato, até Lula é mais corajoso do que o Apedeuta ilustrado deles, né? Fica com Sarney até o fim… Olhe aí, Babalorixá, uma colher de chá…

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A pior coisa que pode acontecer agora para Obama é Mubarak durar até setembro, e a cúpula do governo egípcio conseguir fazer uma transição negociada. É claro que o destino do presidente e do país está nas mãos da cúpula militar. Ela certamente está atenta ao risco de fazer o que a praça quer. A praça pode mudar de idéia a depender da vontade da Irmandade Muçulmana.

A Irmandade, diga-se,  no melhor de sua forma e de seu rigor contra o “Satã” do Ocidente, deveria topar justamente isto: a transição negociada, o que contribuiria para desmoralizar o presidente dos Estados Unidos junto à elite militar egípcia.

OK, gente! Eu apóio todas as coisas ruins que se possam dizer contra Mubarak, tá? Nem por isso Obama deixa de ser menos ridículo nessa crise.

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