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Obama concorda comigo; agora, só falta parar de fazer bobagem

Escrevi nesta manhã um texto sobre o imbróglio Rússia-Ucrânia-Crimeia. Vocês podem ler lá o seguinte (em azul): “Há tempos venho escrevendo aqui que a Europa e os Estados Unidos estão vendendo muito caro a Putin a sua própria derrota. Ora, ele perdeu a Ucrânia e incorporou à Rússia, agora oficialmente, a Crimeia, que, de fato, nunca deixou […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h11 - Publicado em 25 mar 2014, 21h12

Escrevi nesta manhã um texto sobre o imbróglio Rússia-Ucrânia-Crimeia. Vocês podem ler lá o seguinte (em azul):
“Há tempos venho escrevendo aqui que a Europa e os Estados Unidos estão vendendo muito caro a Putin a sua própria derrota. Ora, ele perdeu a Ucrânia e incorporou à Rússia, agora oficialmente, a Crimeia, que, de fato, nunca deixou de ser… russa. A insistência em sanções que, de resto, são irrelevantes só transforma o derrotado num vitorioso, já que ele, obviamente, não vai devolver o que já foi incorporado. A cada vez que Obama e os líderes europeus anunciam uma punição, Putin deve vibrar. Mais se parece com um czar ou com um antigo líder comunista no seu apogeu — quando, na verdade, ele é o perdedor. Os EUA e a Europa precisam parar de lhe dar palco.”

Muito bem! No encontro na Holanda sobre segurança nuclear, Barack Obama afirmou (ver post anterior):
“A Rússia é uma potência regional que está ameaçando alguns de seus vizinhos não por força, mas por fraqueza”.

Isso quer dizer que Obama concorda comigo (sim, leitor, é uma ironia, que alguns orelhudos petralhas nunca entendem e logo perguntam se me considero superior a Obama… Depende em quê, hehe…).

Já que Obama concorda comigo, que passe, então, a fazer a coisa certa, antes e depois do fato consumado. No caso da Ucrânia, o certo teria sido a diplomacia do país mais poderoso do mundo ter advertido a tempo as então forças de oposição que a fraca forte Rússia — em declínio como potência, mas com ogivas nucleares até os dentes — não engoliria a deposição de Viktor Yanukovich, que já havia se comprometido com a pauta dos pró-europeus de Kiev. Teria sido prudente também que a Casa Branca tivesse percebido — além daquele monte de líderes menores da Europa — que Kiev não representava o conjunto dos ucranianos. Uma boa evidência estava no fato de que Yanukovich tinha sido eleito diretamente, sem fraude, até onde se sabe.

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Na minha pós-meninice, entrei um pouco na história da Crimeia pela via da Revolução Russa. Não era difícil de prever — e suponho que a Casa Branca tenha “expertos” (eu escrevi com “x” mesmo!!!) mais espertos (agora com “s”) do que este dois-correguense — que a Rússia não entregaria a Crimeia por razões militares, históricas e, se quiserem saber (não se devem descartar), até nativistas.

Como não se fez a tempo o que deveria ter sido feito, aí restou o prejuízo de ter de agir depois do fato consumado. E vêm, então, as sanções à Rússia, que só servirão para fortalecer Putin internamente, que posa de czar do Grande Império. Sim, é claro que é preciso ficar atento a novas movimentações que estimulem o espírito separatista aqui e ali. Mas é hora de desacelerar essa história de sanções, que só estão aí postas porque se fez uma leitura obviamente errada do problema. E não é a primeira bobagem que fazem os EUA como maior potência econômica e militar do planeta sob o governo Obama, por mais que seus adoradores queiram dourar a pílula.

Obama, está claro, concorda comigo; agora, só falta parar de fazer bobagem.

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