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O potencial explosivo de Fernando Baiano, que se entregou à polícia

Mario de Oliveira Filho, advogado do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, parece ter mudado de ideia. Ele havia dito que seu cliente não se entregaria de jeito nenhum. Acusava ilegalidade na prisão e dizia esperar o resultado de um pedido de habeas corpus. Inútil. Fernando Baiano, acusado de ser o homem do PMDB […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h37 - Publicado em 18 nov 2014, 20h40

Mario de Oliveira Filho, advogado do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, parece ter mudado de ideia. Ele havia dito que seu cliente não se entregaria de jeito nenhum. Acusava ilegalidade na prisão e dizia esperar o resultado de um pedido de habeas corpus. Inútil. Fernando Baiano, acusado de ser o homem do PMDB na negociação com as empreiteiras, se entregou nesta terça. Parece ser o caminho mais prudente. Multiplicam-se as delações premiadas, e empreiteiras já buscam a Controladoria-Geral da União para acordos de leniência.

Fernando Baiano é apontado por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef como o negociador do PMDB. Ele é que receberia a propina destinada ao partido, repassando depois os valores a quadros da legenda. Duas outras personagens que fizeram acordos de delação premiada o comprometem com o esquema. Segundo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Júlio Camargo, da Toyo Setal, Baiano recebeu US$ 40 milhões da empresa para facilitar o fechamento de contratos com a Petrobras.

O advogado de Baiano se mostrava inconformado com a decretação de prisão. Referindo-se a seu cliente, afirmou: “Ele vinha colaborando, estava intimado, se apresentou espontaneamente duas vezes por petição, forneceu o endereço, aceitou intimação por telefone, o que não existe, abriu mão da carta precatória para ser ouvido no Rio de Janeiro, marcou audiência para amanhã e mandaram prendê-lo. Não tem sentido”, afirmou.

Michel Temer, vice-presidente da República, já negou que o lobista tenha qualquer relação com o seu partido: “Repudio essas insinuações. Repudio a tentativa de envolver o PMDB nesse caso. O senhor Fernando Soares não é interlocutor do PMDB. Nós queremos uma apuração rigorosíssima dos fatos ‘duela a quem duela’”, disse há uma semana, repetindo expressão empregada pelo então presidente Fernando Collor, em 1992, pouco antes de ter de deixar a Presidência.

Vamos ver agora o que Fernando Baiano conta à polícia. O potencial é explosivo. Afinal, o PMDB é apenas o segundo maior partido da aliança que está no poder. O primeiro é o PT, enrolado nessa tramoia até o pescoço.

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