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O PFL, agora Democratas

Leitores indagam o que achei da mudança do nome do PFL para “Democratas” — a sigla será DEM — e de a presidência do partido ficar com o deputado Rodrigo Maia (RJ). A minha resposta: “depende”. Mudança de nome, por si, não significa grande coisa. A prática é que vai dizer. A passagem do comando […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h35 - Publicado em 26 mar 2007, 23h02
Leitores indagam o que achei da mudança do nome do PFL para “Democratas” — a sigla será DEM — e de a presidência do partido ficar com o deputado Rodrigo Maia (RJ). A minha resposta: “depende”. Mudança de nome, por si, não significa grande coisa. A prática é que vai dizer. A passagem do comando de Jorge Bornhausen para um jovem parlamentar, de 38 anos, busca sinalizar uma renovação de lideranças. Corresponde à verdade?

Um adjetivo — “Democratas” — substantivado, em princípio, parece uma coisa um pouco estranha. Quando nos referirmos aos parlamentares, escreveremos sem problema “os democratas etc e tal”. Mas e quando estivermos nos referindo à legenda? “O” Democratas ou “os” Democratas? Besteira? Talvez nem tanto. É sempre preferível um nome que não cause estranheza aos ouvidos. De fato, não sei se foi uma boa escolha. Ela me parece contrariar o trato habitual da língua. Nesse sentido, Partido Democrata seria melhor. A história de que “PD” é uma sigla que significa “pederastas” em vários países me parece uma rematada besteira.

O PFL era o único partido de médio porte que trazia a palavra “liberal” no nome. Acho que não restou nenhum. O PL, aquele partido-sanfona que incha e desincha a depender da generosidade do governo, também escolheu outra sigla: PR, Partido Republicano. Ainda que nem um nem outro tivessem um ideário claramente “liberal”, é evidente que se passou a considerar que a palavra já não seduz ninguém — se é que chegou a seduzir algum dia.

Segundo Bornhausen, “os democratas têm o dever de sustentar as plataformas da defesa do meio ambiente e dos direitos humanos e de defender avanços em suas cinco bandeiras que são o emprego, a educação, a saúde, a segurança e habitação”. Ok. Convenham: a tendência é que todos os partidos elejam essas prioridades, que são, digamos assim, entre sociais e moderninhas.

Não sei até onde essa mudança traduz uma renúncia dos partidos brasileiros a discutir o tamanho do Estado e seu papel na economia. É bem possível que sim. E, se assim for, isso corresponde a uma longa condenação.

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