“O País dos Petralhas II” nas listas dos mais vendidos. E um pouco mais sobre resenhas e resenhistas
“O País dos Petralhas II”, aquele de que um tal Bernardo Mello Franco, da Folha, não gostou sem ler, chegou às livrarias de São Paulo e Rio na semana passada e em boa parte do Brasil nesta semana. Está na lista dos “Mais Vendidos” da VEJA (10º lugar), da Folha (9º lugar) e do site […]
“O País dos Petralhas II”, aquele de que um tal Bernardo Mello Franco, da Folha, não gostou sem ler, chegou às livrarias de São Paulo e Rio na semana passada e em boa parte do Brasil nesta semana. Está na lista dos “Mais Vendidos” da VEJA (10º lugar), da Folha (9º lugar) e do site Publishnews (7º lugar), referência para os livreiros. O Globo não publicou a sua nesta semana. No Publishnews, diga-se, foi o segundo livro mais vendido da Editora Record na semana — perdi para o estupendo “A Queda”, de Diogo Mainardi. E isso é uma vitória gigantesca.
Não! Estar em listas não quer dizer que o livro seja bom. O líder de “não ficção”, por exemplo, é um troço escrito por Edir Macedo (personagem, diga-se, de alguns textos de “O País dos Petralhas II”). Quer dizer apenas que já foi o tempo em que um veículo conseguia fulminar um livro. Hoje em dia, uma esculhambada de certas penas pode ser caminho certo para o sucesso editorial. O mundo está cada vez menos plano.
Alguns bobalhões estão dizendo que “ataquei” o rapaz porque ele não gostou do livro. ERRADO! O atacado fui eu. Eu critiquei o seu texto porque ele resolveu resenhar a mim, não ao que escrevi. E errou nisso também.
EU ESTOU ABSOLUTAMENTE CONVICTO DE QUE, SE ELE TIVESSE LIDO, TERIA ODIADO AINDA MAIS. Entenderam o ponto? Se alguém vai resenhar o que escrevo, tem de dizer se o que está lá presta ou não presta e por quê. É assim que se faz. A opinião é livre! A mentira é moralmente dolosa.
“Reinaldo diz tal coisa sobre o aborto… Está errado porque… Diz tal coisa sobre o Judiciário. Está errado porque… Diz tal coisa sobre a cristofobia. Está errado porque… Por isso, Reinaldo não deve ser lido!” E pronto! Se achar que devo responder, respondo! No caso de Mello Franco, faço o que com suas mentiras? Enfio o dedo no olho dele?
Escrever uma resenha para excitar a fúria dos cachorros loucos? “Olhem, ele ataca (sic) o Lula, o Chico Buarque e o Caetano… Olhem, ele publica um livro em ano eleitoral.” Isso é coisa de quem cumpre tarefa. Aí não! André Singer, ex-porta-voz de Lula (e não vou entrar no mérito do livro), publicou há pouco “Os Sentidos do Lulismo”. Sobre um ex-porta-voz jamais recairá a suspeita de estar se aproveitando do momento, mas sobre Reinaldo sim? Isso é coisa de vigaristas! Até porque, como crítico do lulismo, eu ainda pertenço à minoria, ora! Parece-me que o oportunismo, em havendo (e não estou dizendo que tenha havido no caso de Singer), está em tentar surfar na maioria… Dizem-me, aliás, que seu livro, que tem lado (e não há mal nenhum nisso), é relevante para entender o momento. Não li, mas vou ler.
De todo modo, esse é um debate estúpido, obscurantista! O mercado editorial brasileiro vai agora se deixar pautar por eleições, mais ou menos como o PT queria que o STF fizesse com o mensalão? “Ah, não! Julgar em 2012, não! É ano eleitoral!” E em 2013? “Aí é ano pré-eleitoral…” Não fosse o início da derrocada do petismo — levará alguns anos, mas não muitos —, o regime das marés acabariam obedecendo ao PT. Que Lua o quê!!! Lula seria o senhor das marés!
Leitores me avisam que o texto de Mello Franco circula freneticamente nos blogs sujos — aqueles financiados por estatais. É um destino justíssimo. E só pra arrematar: os “sujos” não tenham a ambição de ver comentadas aqui suas agressões. Consigam, ao menos, um posto semelhante ao de Mello Franco.
Para encerrar: vai crescendo a lista das pessoas indignadas com os “ataques” ao presidente Lula e, claro!, à democracia!!! Rui Falcão, Jorge Viana, André Vargas, Delfim Netto, Mello Franco…