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O MTST é mais um caso de polícia do que de política

Na minha coluna de ontem na Folha, escrevi sobre o MTST, com foco em sua personagem mais famosa: Guilherme Boulos, um excelente autor de si mesmo; um ótimo relações-públicas da própria lenda em que pretende se transformar. Demonstrei, para quem sabe ler direito, que a sua vocação para a santidade é um delírio de classe para […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h27 - Publicado em 19 jul 2014, 06h45

Na minha coluna de ontem na Folha, escrevi sobre o MTST, com foco em sua personagem mais famosa: Guilherme Boulos, um excelente autor de si mesmo; um ótimo relações-públicas da própria lenda em que pretende se transformar. Demonstrei, para quem sabe ler direito, que a sua vocação para a santidade é um delírio de classe para outros delirantes da… mesma classe! Não vou me repetir.

No arquivo, vocês encontram textos em que afirmo que o MTST repete todas as táticas do MST, mas na cidade. E “todas” inclui inflar os números das invasões para intimidar adversários e emparedar o poder público. Leiam trecho de reportagem na Folha de hoje. Volto depois.

Por César Rosati e Emílio Sant’Anna:
Nos 60 mil metros quadrados do Portal do Povo, área invadida no Morumbi (zona oeste), 4.000 famílias estão instaladas há quase um mês para reivindicar casa própria, segundo divulga a coordenação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). A Folha esteve por dois dias seguidos no local, em horários diversos, e verificou que a maioria das barracas só serve para demarcar território — e tentar vaga futura no cadastro da casa própria.
O movimento era pequeno tanto de dia como à noite, semelhante ao de algumas invasões de sem-terra no interior do país anos atrás. Com cerca de dois metros quadrados cada, as barracas estão fincadas na parte plana do terreno e também em uma encosta íngreme. Abertas nas laterais, a maioria tem os nomes dos “ocupantes” pintados com tinta branca. Nas barracas, porém, não há espaço para a permanência de uma pessoa adulta ou mesmo de uma família. O que se vê dentro é apenas mato. O comando do movimento alegou, após ser questionado, que as 4.000 famílias “ocupam” a área, mas que há um revezamento durante a noite. “O fato de não dormirem 4.000 famílias lá não significa que não precisem de moradia. São pessoas que vivem no entorno em situação precária”, disse Natalia Szermeta, coordenadora do MTST.
(…)
Por volta das 19h, uma assembleia do MTST chegou a reunir cerca de 400 pessoas no Portal do Povo. Duas horas e meia depois, ele começou a ser esvaziado de novo. Após assinar a lista de presença no final da assembleia, a maioria foi embora, formando fila no ponto de ônibus. Às 21h30, próximo à entrada do terreno, era possível ver centenas de barracas — mas somente seis delas ocupadas.
(…)

Retomo
É isso aí. Eu me orgulho muito de uma reportagem que fiz para a revista República, em 1996 — quase 20 anos — em que classifiquei o MST de uma “empresa de criar ideologia”. É nisso que se transformou também o MTST, com a admiração basbaque dos deslumbrados, a covardia dos vereadores e a cumplicidade do prefeito Fernando Haddad (PT), que recorreu à mão de obra do grupo na campanha eleitoral.

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Cadê o Ministério Público?

Resta, ainda, outra questão: até quando essa gente continuará a cometer crimes impunemente? Parece evidente que o MTST se transformou numa máquina de privatização do espaço público e de invasão de áreas privadas não para conquistar casas, mas tentar vender seu modelo caduco de sociedade.

É mais um caso de polícia do que de política.

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