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O método da porrada

Do Portal G1. Volto depois: A morte no último fim de semana do lutador Ryan Gracie, de 33 anos, não foi a primeira tragédia enfrentada pela família. Em 2000, o modelo e professor de jiu-jítsu Rockson Gracie, de 19 anos, morreu em um hotel de Nova York, nos Estados Unidos. Um laudo do Medical Examiner […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 20h03 - Publicado em 18 dez 2007, 16h42
Do Portal G1. Volto depois:

A morte no último fim de semana do lutador Ryan Gracie, de 33 anos, não foi a primeira tragédia enfrentada pela família. Em 2000, o modelo e professor de jiu-jítsu Rockson Gracie, de 19 anos, morreu em um hotel de Nova York, nos Estados Unidos. Um laudo do Medical Examiner Office revelou que uma combinação de drogas e medicamentos matou o jovem, que era primo de Ryan.

Ao lembrar da morte do sobrinho, o pai de Ryan, Robson Gracie, disse que a família não tolera o uso de drogas. “É uma síndrome do nosso tempo. Na nossa família, 99,9% é contra o uso de qualquer coisa, até de anabolizante. Se eu pudesse, eu dava porrada em quem usa isso”, disse.

Rockson era o filho mais velho de Rickson Gracie, o mais famoso lutador da família. Rickson mudou para a Califórnia para dar aulas de artes marciais a agentes do FBI, atletas e atores. Um mês antes da morte, Rockson havia decidido morar em Nova York, onde seguiria a carreira de modelo.

A família estranhou a falta de notícias e iniciou uma busca por hospitais e necrotérios. Foi o primo Renzo Gracie, irmão de Ryan, que identificou o corpo do primo por meio de fotografias. Ele havia sido enterrado como indigente.

Robson Gracie diz não ter certeza se o filho – encontrado morto em uma delegacia da capital paulista – era usuário de entorpecentes, já que morava no Rio de Janeiro e Ryan, em São Paulo. Ele defende, no entanto, o tratamento das vítimas das drogas. “Eu não vou aqui acobertar coisa nenhuma. Eu acho que quem usa drogas tem que se tratar.”

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A família Gracie é grande. Haver um outro caso de morte em razão de drogas, em si, não quer dizer nada. Mas é o caso de apurar, de modo mais amplo, se não há algo de errado com esse mundo do, literalmente, “vale-tudo”. Muito gente já assistiu ao menos a uma luta, nem que seja na madrugada, nas horas intermédias do tédio. Há esportes cujo fascínio, para mim, é mesmo um mistério. Aquele espetáculo de porrada e sangue é um deles. Será que é só uma espécie de volta ritual à nossa condição de guerreiros ou se trata mesmo de uma regressão, na contramão de qualquer racionalidade? Tendo a considerar que é a segunda hipótese. Dá pra agüentar aquilo tudo de cara limpa? Tomara que sim.

A consideração de Robson Grace, pai de Ryan e patriarca da família, sobre quem consome drogas dá o que pensar: “Se eu pudesse, eu dava porrada em quem usa isso”. Pois é. Há coisas que não se resolvem por esse método.

PS: Agora há reportagens associando crises de pânico a alucinações. Custa o jornalista pegar um maldito telefone e ligar para algum especialista sério para se informar a respeito? Quem tem alucinação está certamente acometido de alguma doença — pânico não é.

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